South Park: The Stick of Truth | Tolkien, Aliens e Princesas

South Park: The Stick of Truth | Tolkien, Aliens e Princesas

04/08/2016 0 Por Diogo Batista

Quando animações são adaptadas para o mundo dos jogos, poucas vezes se tratará de jogos incríveis. Na disparada maioria das vezes são no mínimo medianos ou ruins, mas, South Park, mesmo depois de alguns títulos no mínimo esquecíveis conseguiu nos proporcionar uns dos RPGs mais engraçados e divertido dos últimos tempos.

Eu já havia comentando a respeito do The Stick of Truth em um meme que participei dois anos atrás: O que você jogou em 2014. E com a recente aquisição, decidi jogá-lo novamente e consegui tirar um proveito maior, dessa vez.

No passado South Park recebeu alguns jogos de qualidade questionáveis, enquanto South Park: The Stick of Truth, sem dúvida alguma vai agradar aos amantes do desenho, pois trata-se de uma aventura que respeita todo a cronologia da série criada por Trey Parker e Matt Stone. Não espere qualquer censura.

The Stick of Truth

Senhor dos Anéis tá diferente

Em Stick of Truth controlamos um garoto que acabará de se mudar aa South Park, e que após resolver dar uma volta pela vizinhança encontra Butters sendo atacado e resolve ajudar.

A partir dai, você descobre que os garotos estão brincando de guerra entre humanos e elfos, e você meio que é convidado a conhecer mago mestre (Cartman),  para que possa se juntar ao grupo. Nesse trecho precisamos nomear o personagem, o que nos leva a uma tela de criação de nome. Mas não importa, pode nomear como como bem quiser, Cartman continuará o chamando de Sir Babaca. Opte por manter o Douchebag, isso faz com que você ganhe uma conquista.

LEIAM – BIG: Brazil’s Independent Games Festival 2017

Nesse momento aprendemos os comandos do jogo, que são bem simples. O destaque, e que pode tirar algumas gargalhadas se você ri desse tipo de coisa, é o poder especial latente do nosso personagem: Um peido poderoso. Para usar essa habilidade precisaremos que Cartman nos ensine o lendário “Urro do Dragão“. Eu ri enquanto jogava, não me culpe.

The Stick of Truth

Um combate simplificado

Se há algo no jogo que merece aplausos, esse é o sistema de combate do game. Ele é simples de um modo que até mesmo quem nunca jogou um RPG na vida vai conseguir jogar.

O que mostra que o estúdio pensou em atingir a todos os tipo de publico, pensado para que todos pudessem se divertir. O melhor aqui é que o combate não se torna cansativo, mesmo que você batalhe inúmeras vezes. Como o arsenal é composto por milhares de itens que já fora apresentado na serie animada, você acabara querendo testar a todos, em especial os summons.

Esses summons  podem ser utilizados uma vez ao dia e que para ser recarregado você precisa ir até o personagem e conversar para renovar. São várias a disposição do jogador, isso se ele se esforçar para coletar todas, mas o meu destaque aqui como o melhor summon é o Sr. Slave. Em nome de tudo que é mais sagrado, complete todas as quest dele que não irá se arrepender.

The Stick of Truth

Um humor que incomoda muita gente

É preciso reforçar que o jogo The Stick of Truth é tão pesado, se não até um pouco mais, do que a serie animada.

O humor politicamente incorreto sempre foi um dos alicerces da obra original, e partir para os vídeo games permitiu que eles pudessem ir um pouco além, afinal, trata-se de uma mídia diferente, um pouco mais restrita do que a TV aberta. Isso permitiu irem um pouco mais além, ao ponto de até me chocar com algumas conquistas, como a de peidar em um determinado número de fetos abortados durante a missão da clinica de aborto.

É um prato cheio para os fãs. Não disse?

O fato de adotarem o formato RPG só permitiu que pudessem ir mais além nos textos do jogo. Com sidequest’s hilárias, além de conquistas que nos fazem pensar: WTF. Não poderia deixar de dizer eu amo esse jogo, afinal, sou um fã da série.

The Stick of Truth

Tem chefes?

Como qualquer bom RPG, os chefes são difíceis e exige que sua party esteja bem equipada, e bem equipado custa dinheiro. Vasculhar lixeiras, quebrar parquímetros e abrir baús pode garantir algumas moedas, se der sorte até remendos, que são itens que oferecem atributos as armas, roupas e armaduras do jogo.

A campanha principal leva em torno de umas 12 horas para ser concluída. Isso se você explorar bastante todo o mapa, mas fica o alerta de que após a conclusão do game não se tem mais nada para ser feito.

Recomendo que tente localizar todos os Chinpokomons na primeira jogatina, mesmo que usando de um guia, e  após a conclusão você vai atrás de itens que podem ser pegos. Isso se quiser miletar o game.

Conclusão

Se existe um ponto negativo em South Park: The Stick of Truth, é o tempo da campanha principal.

Eu sei que tem se tornado comum campanhas com tempo menores e sidequest’s que são pura encheção de linguiça. Me incomoda bastante isso, não que todo game precise ter campanhas de 100 horas de jogos, mas que ao menos amplie esse tempo com missões paralelas interessante, que passem uma sensação de progressão.

Para o jogo do South Park o tempo é ótimo, eu que estou sendo um chato por querem ampliar isso. Uma história boa foi contada aqui, me diverti muito.

South Park: The Stick of Truth tem sua dificuldade e o fator humor aqui tornar o replay dele garantido. Não vai agradar a todos, mas aqueles que se arriscarem vai encontrar diversão e um sistema de combate no mínimo interessante.

E deixo o recado, não tenham medo de rir do humor negro, ele é inofensivo e tem o intuito de brincar com o absurdo, logo rir desse tipo de humor não lhe define com um psicopata.

PS: Façam as conquistas do jogo;)