Funbag Fantasy | Uma aventura medieval de resPEITO
19/09/2019Disclaimer inicial: O jogo analisado é destinado ao público maior de 18 anos. Apesar das imagens utilizadas nessa analise não conterem sexo explícito, recomendamos descrição ao ler este artigo.
Não vou mentir, eu curto Visual Novels. De fato, eu até cheguei a programar duas Visual Novels no longínquo ano de 2017 (Ok, tecnicamente uma eu comecei no fim de 2016 e outra é só um remake de um rascunho que fiz em 2015), já fiz umas boas dezenas de let’s plays do gênero no meu canal do youtube. E eu curto VN’s eróticas, porque bem… Se bem feitas, são uma experiência boa duplamente. E bem, uma das minhas maiores surpresas se deu quando joguei uma certa VN com o nome de Funbag Fantasy. Sim, o título é bobo, e quanto a novel? Segue lendo, malandro.
Lançado pela Waffle no Japão em 2009 (Foi um dos títulos comemorativos de 10 anos da publisher), sob o título de Kyonyuu Fantasy (Kyonyuu é um termo usado no japão para definir peitos grandes), o título foi localizado pela MangaGamer em 2016, e lançado na Steam em Janeiro de 2019.
Você é Lute Hende, um formando da Academia de Cavaleiros do Reino de Edenland, só que você não é muito habilidoso… De fato, dos vinte formandos, você foi o último colocado. E apesar de não ligar para esse fato, você é tratado com desprezo por 98,67% das pessoas, e é mandado para Boan, uma cidade que fica no cu do mundo (ali naquele vão localizado entre Campo Grande, Santa Cruz e Sepetiba). Lá, após ser atacado (por atacado, entenda exatamente o que há para entender em uma visual novel erótica) por uma súcubo que se afeiçoa a você, Lute começa sua jornada de ascensão, sem duplo sentido… Ou talvez tenha duplo sentido, porque rola bastante sexo e Lute fica ereto com frequência. Que seja.
Um dos maiores destaque de Funbag Fantasy é seu roteiro. Ele apresenta um mundo credível e um desenvolvimento de história bem bacana, com as reviravoltas acontecendo nos momentos necessários.
E para compreender melhor a história do jogo, e de onde vem as habilidades de Lute com as mulheres, você precisa ver pelo menos dois dos finais (incluindo o canônico) do jogo.
Mas, se você for um desses calhordas modernos que não gostam de história em seus jogos, você pode pular os diálogos referentes a história para chegar até as cenas de sexo, que são muitas.
As personagens seguem os arquétipos básicos que todo mundo já conhece desde a aurora da humanidade, Shamsiel é a típica garota animada e afável, que também cumpre o papel de sidekick de Lute (é a primeira receber o nosso material genético), Roxanne é a Milf carinhosa que é ignorada pelo marido, Isis é a clássica tsundere, que claramente não gosta de você a princípio, mas acaba se afeiçoando ao longo da jornada, Gladys é a tomboy durona, mas que tem um bom coração, Emeralia é a vilã que se arrepende depois (tipo 90% dos vilões de Dragon ball que não são mortos) e Luceria é a princesa tímida, mas que na cama é uma verdadeira ninfomaníaca. E apesar de Lute ser um herói gente fina… Ele é um tarado por peitos, dá pra perceber isso com pelo menos dez minutos de jogo.
Apesar dos arquétipos, elas são bem convincentes e é difícil acabar não se afeiçoando a alguma delas (Emeralia Rules!) durante a leitura.
As cenas de sexo satisfazem em qualidade e duração. Felizmente a versão lançada pela Manga Gamer remove a censura da original, então pessoal, nada de vaginas pixeladas na tela de seu monitor. Só toma cuidado para sua mãe/esposa/conhecido de internet que por algum acaso odeia qualquer coisa relacionada a sexo entre personagens fictícios, mas ignora problemas reais e… Ops, divaguei.
Graficamente, acho que eu só posso reclamar do sprite da Princesa Luceria que possui peitos descomunais. Veja, não tenho nada contra peitos grandes, mas acho que na época de Funbag Fantasy: Sideboob Story a menina provavelmente vai estar com hérnia por causa do peso dos melões, mas divago. De resto, cenários bonitos e sprites bem desenhados, além das CG’s serem bem feitas (não, não tem cenas em computação gráfica. Em visual novels, chamamos de CG’s as cenas especiais, onde não temos sprites, mas os desenhos das coisas acontecendo).
Sonoramente, as músicas não impressionam no geral. Talvez a marchinha que é o tema principal e de algumas cenas grude na sua cabeça (ela toca ATÉ NA ADAPTAÇÃO ANIMADA)(Enquanto isso, não colocaram aquela música de abertura chiclete na adaptação animada de Imouto Paradise… Bem, eu precisaria de um artigo inteiro pra falar sobre todos os problemas da adaptação animada de Imouto Paradise).
Já a dublagem… Olha, as meninas que fazem as vozes interpretaram com magnitude seus papéis, sejam nas cenas normais, mas principalmente na hora do sexo. Combinando isso com as cenas sem censura, temos aí um bom material para as noites solitárias.
Finalizando, apoiado em uma boa história e boas cenas de sexo, Funbag Fantasy é quase perfeito, a maioria de suas escolhas pra rotas é fácil e a experiência da leitura ajuda. De fato, a aprovação do publico ocidental foi tanta, a ponto de na pesquisa de prioridades de localização da Manga Gamer, realizada em 2018, a série Kyonyuu conseguiu uma boa percentagem de votos (ficando atrás somente da popular série Rance).
O ponto negativo, seria o preço, que na loja da Manga Gamer era de 45 dólares. Felizmente, o jogo no Steam tem um preço mais camarada, mas ainda um pouco salgado, 85 reais.