The Outer Worlds | Tudo o que o espaço pode oferecer
26/03/2020 0 Por Diogo BatistaEu queria ter escrito sobre The Outer Worlds durante o seu lançamento, mas acabei apenas citando-o brevemente durante o meme de fim de ano ” O que você jogou em 2019″. O que não é o suficiente, precisava compartilhar mais da minha experiência com o mais novo titulo da Obsidian.
Não só foi bem recepcionado, durante seu anuncio, como também se mostrou ser uma experiência muito bem humorada, o que só me animou ainda mais. E para o espanto de todos os que estavam na expectativa, o jogo foi anunciado para o catalogo do Xbox Game Pass em seu lançamento.
Eu particularmente não teria recurso para adquirir o jogo e com o XGP na jogada, enfim poderia desbravar o espaço, mais uma vez – Confiram nossa experiência em PREY – e mudar o curso do mundo.
Ou pelo menos tentar.
UM NOVO MUNDO
Depois de vagar pelo espaço em estado de criogenia, você, no caso nós jogadores, somos despertos pelo cientista Phineas do nosso sono na nave-colonia HOPE.
O cientista pede que você o auxilie na busca de um modo de despertar o restante dos humanos da colonia, no caso as mentes mais brilhantes e melhorar aquele novo mundo. E agora cabe a nós explorar o universo e entender o que mudou nesse tempo em que estivemos congelado e se realmente estamos do lado certo.
A similaridade com Fallout 4, principalmente com o lance do personagem acordando do estado de criogenia não param por aqui, mas estamos falando de um jogo desenvolvido pela equipe de Fallout original e o New Vegas (o melhor da franquia até hoje), então as comparações não se limitam apenas a isso.
Isso pode ser encarado como uma cutucada a Bethesda ou só como um elemento da história sem qualquer ligação. Bem, isso não tira o brilho de qualquer modo.
O COMÉRCIO NÃO PARA
The Outer Worlds não é somente um jogo que entrega tudo aquilo que os fãs de Fallout esperavam encontrar em seu quarto título, mas como também tenta criar seu próprio universo e se afastar do titulo da Bethesda ao nos entregar um mundo vivo e cheio de carisma.
Com várias facções e alguns segredos espalhados pelo universo, afinal, são planetas que precisamos explorar, o que não faltara são histórias, inimigos e armas, alias, diversas variações dessas para nos auxiliar, além dos companions.
O que no caso dedicarei um parágrafo só para eles mais a frente.
Cada planeta possui a sua própria fauna e com ela alguma especie são muito mais comuns ou exclusivas do que em outros. Essa criaturas estão dispostas a nos trucidar ou qualquer outro ser vivo que resolver cruzar o seu caminho, ou quem resolver acordá-los de seu sono no meio de uma estrada.
Mas eles não são os únicos inimigos, existem os humanos que vão de canibais reclusos dentro de casas á organizações do governo e mercenários que só querem atear fogo no universo. Em meio a tudo isso existem algumas poucas boas almas tentando sobreviver e outros tentando derrubar o governo opressor.
Cabe a nós decidir qual lado merece uma chance. Infelizmente não pude ficar do lados dos animais, mas um dia a gente vira o jogo #JOKE
COMPANIONS E SUAS MISSÕES PARTICULARES
Uma das coisas que mais me atrai nesse gênero é a maneira como cada personagem possui uma história e conexões com outros personagens dentro desse novo universo. Existe complexidade neles, seja a de um mercenário em busca de uma resposta de DEUS ou de alguém tentando lidar com a perca de sua família.
Eu simplesmente me apaixonei por cada uma das histórias dos companions que podem se descoberto no jogo. Obsidian se deu ao trabalho de mostrar que há muito mais motivos para se criar laços com determinados companions, e ainda ser recompensado por buscar realizar as suas missões pessoais.
Um ponto importante e que merece destaque é a questão da sexualidade no jogo. Há uma companion, Parvati. Uma das suas missões pessoais é coletar itens para a realização de um jantar e confecção de roupas, para que ela possa impressionar em um encontro com uma garota, Junlei. É tudo feito de uma maneira orgânica e sem tentar estereotipar de maneira alguma. São apenas pessoas que flertando e conhecendo o amor e meio ao caos.
Não é por acaso que Parvati é uma das minhas companions favoritas ao lado da Ellie.
No que toca ao gameplay, cada um deles possuem sua própria gama de habilidades que podem ser melhoradas. Podemos definir quais armas, equipamento ou de que modo cada um deles reagiram durante o combate, além de perks que melhoram danos físico ou a distancia. Todos os companions possuem um plus, que é simplesmente uma baita mão na roda para situações difíceis.
Cada um conta com uma habilidade especial que pode ser recarregada durante o combate e leva um tempo para se recuperar. O que resulta em uma animação, sendo minhas favoritas a da Nyoka e o vigário Max.
MUITO O QUE SE EXPLORAR
Um ponto interessante do jogo também são os itens a disposição. Há uma variedade muito, mas muito grande. Creio que não consegui usar todos ao longo da jogatina, mas os poucos que me dei ao trabalho de ler sobre suas qualidades, acabou sendo muito útil para determinadas batalhas.
Também temos a disposição algumas facções secundárias que nos vendem armas e equipamentos, pra ser bem especifico, são apenas três: Spacer’s Choices, Auntie Cleo’s e Deserter’s.
Cada uma das arma tem suas vantagens, sendo que todas podem ser modificadas. Inclusive não precisa mais de uma bancada para desmontar armas, sendo possível desmontar enquanto você a coleta. Oh, como a Obsidian é atenciosa com os jogadores.
Também temos as facções principais do jogo: Groundbreaker, Sublight, Iconoclastas, Monarch Stellar e The Board. Onde o jogador pode se vincular e realizar várias missões secundárias. Recomendo fortemente buscar realizar as missões de facção, não só pelo avanço do modo história mas porque vai lhe dar uma melhor ideia de como é dirigido esse novo universo.
CONCLUSÃO
O mundo de The Outer Worlds é grande o suficiente para garantir muitas horas de exploração, porém, não é infinito. Eu mesmo cheguei a um ponto onde não tinha mais nada de novo e ainda existia planetas a serem desbloqueados. E nem foi um jogo que joguei para analisar, mas sim porque realmente estava empolgado para destrinchar por conta do hype que tinha por ele.
Eu me diverti em cada minuto investido e fiquei triste quando não encontrei mais novidades (e tempo para investigar mais). Busquei por armas secretas, sidesquest novas e não encontrei mais nada. Pensei em ir atrás de conquistas mas simplesmente não é pra mim. Não possuo paciência para tal e admiro muito quem vê nelas uma oportunidade de mais horas de jogatina.
Provavelmente esses planetas sejam liberados por meio de DLC’s. Torço para que isso ocorra muito em breve, mas por enquanto me dou por contente com o final bom que realizei – Apesar de algumas decisões tomadas e que me arrependi depois.
De qualquer modo o trabalho da Obsidian com o jogo é digno de louros. Podia ser mais longo, podia, mas isso sou eu fã chato exigindo mais porque nunca é o suficiente.
Tudo é feito com um tom de humor mas sem deixar de abordar temas sérios e importantes. Ele aponta os problemas da sociedade moderna de maneira inteligente e cuidadosa, e de modo que o jogador possa refletir sobre aquilo sem cair nos chavões idiotas que estamos cansados de ler nas redes sociais.
Joguem The Outer Worlds e descubram tudo o que o espaço pode oferecer.
Sobre o Autor
Criador e Editor-Chefe do Arquivos do Woo, é um eterno rabugento. Opta por investir seu tempo entre games, filmes, livros e sua família à perder tempo discutindo na internet.