Frankenstein ou o Moderno Prometeu
31/05/2020Escrito por: Juliano (Li & Gostei)
Já faz muito tempo que não escrevo, boa parte disso se deve ao desânimo, o “escrever para as paredes” e outras coisas que deixo de citar, afinal, estamos querendo falar um pouco sobre Frankenstein de Mary Shelley…
Bem, eu e muitos provavelmente, conhecia apenas aquela versão clássica do monstro de Frankenstein, todo verde, com aquela cabeça achatada, as costuras evidentes na fronte e pinos nos lados da cabeça ou no pescoço. Aliás, aqui provavelmente nós já nos confundíamos, porque chamávamos de Frankenstein a criatura e não de fato, o criador.
Eu sou do tipo de pessoa que não é especialista e muito menos metido à um. Pois atualmente, é muito fácil querer ser algo que não se é: basta alguns minutos de pesquisa, alguns resumos, e ler em frente a um celular enquanto finge que sabe tudo de cabeça e é o entendido do assunto.
AHAM, DESCULPEM O DESABAFO!
CONTINUANDO
Eu realmente não sei explicar minuciosamente especificações técnicas de análise aprofundada sobre uma obra literária, filme ou mesmo um jogo de videogame. Mas eu sei realmente dizer o que gosto ou não sobre determinado assunto. E acho que vamos finalmente falar sobre o assunto proposto.
Desde 2001, quando era um costume mensal visitar sebos na cidade, e fazer comprar de livros este livro estava ali na estante, aguardando pacientemente o momento que eu finalmente iria ler as suas palavras impressas e ver o que ele tinha pra me contar. Claro, que boa culpa disso não ter acontecido tão cedo, foram inúmeros fatores que não vem ao caso.
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Basicamente, o livro trata de Victor Frankenstein, um cientista que desenvolve uma obsessão em criar a vida. E consegue, mas abandona a sua criatura a sua própria sorte, e tenta retomar sua vida e seus deveres como se tudo estivesse resolvido. Mas ele estava enganado se achava que ia viver sem ter que pagar pelos erros cometidos.
DIFERENÇAS ENTRE LIVRO E FILME
Aqui, já vemos uma diferença gritante entre aquela criatura do clássico filme da Universal e a do livro. Resumidamente falando, a criatura do livro é mais “humana”, aprende a falar e a escrever, observando a rotina de uma família pobre. Escondido em um local onde ele poderia observar a família sem ser notado, a criatura, demonstra um amor fraterno por essas pessoas.
Esse relato da criatura, se dá bem mais tarde no livro, em um encontro com o Victor Frankenstein, quando a criatura, decide que por todas as mazelas que passou, todo aquele sofrimento, mesmo sem ter feito algum mal às pessoas era injusto e que havia apenas uma pessoa responsável pelas suas mazelas: o criador, Frankenstein. Decide então, se vingar do seu criador.
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Confesso, que lendo o livro, eu não resisti e mesmo antes de terminar ele, eu resolvi assistir ao filme de 1994 com o Robert De Niro no papel da criatura. E confesso, que algumas das situações apresentadas no filme ficaram mais impactantes e dramáticas que no livro. Mas isso não diminui o livro, de forma alguma.
O FILME TEM SEU CHARME
Posso adiantar, que a morte de um personagem em especial (não posso comentar aqui pra não perder a surpresa ao ler o livro) é mais impactante no filme. Já o estudante de medicina amigo de Victor, Henry Clerval, tem destino distinto entre as mídias, e podemos dizer também o mesmo de Elizabeth. Interessante também que no filme o Dr. Waldman tem um papel maior que no filme, achei bem interessante, além de ser interpretado pelo grande John Cleese.
Poderia comentar mais coisas aqui sobre o filme, os personagens e tudo o mais, pois a história do livro ainda está fresca na memória e o filme já assistido duas vezes. Mas eu acredito, que um texto deve ser direcionado pra que a curiosidade faça o leitor resolver ler o livro, ou mesmo assistir ao filme.
PRA FINALIZAR
Em muitos momentos desse livro, essa história emociona. Tanto pela inocência da criatura, pelo abandono do seu criador, pelo sofrimento que tudo isso ocorreu.
Me compadeci, tanto no livro quanto no filme, pela criatura, me coloquei em seu lugar, o monstro de Frankenstein, é um espelho para nós mesmos, para analisarmos nossos atos e rever nossas próprias crenças de moral e empatia.