Resident Evil Village | A Jornada de um Pai
08/06/2021Resident Evil Village no fim das contas conseguiu. É de longe um dos games que certamente vai surpreender o jogador, principalmente por conta do seu desfecho. Certo, tem sim lá algumas coisas que ainda continuam atiradas como se alguém tivesse achado uma boa ideia, mas nada disso atrapalha.
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Eu levei cerca de quase 11 horas pra fechar o game e te digo, menos tempo do que achei que levaria pra fechar no modo normal. Publiquei o texto de impressões em um dia e dois dias depois finalizei o game.
E quem me conhece sabe o quão medroso eu sou, e bem, só levei alguns sustos bem pontuais. No geral foi uma jornada tensa com muitos tiros no chão e portas que valeu muito a pena no final das contas.
É, parece que venci os meus medos.
RESIDENT EVIL VILLAGE
Se existe algo que realmente merece aplausos aqui é a jogabilidade de RE Village, que faz um ótimo uso do botão bloqueio e o menu rápido, permitindo que Ethan consiga tomar decisões rápidas nas mais adversas situações.
Enquanto nos clássicos tínhamos aquele acesso demorado ao menu, aqui temos uma atalho em cruz e a maleta. O fato de não ter que ir direto ao menu torna tudo muito dinâmico e fluido a jogatina, principalmente em situações de hordas de inimigos. O que ao meu ver foi pensado para o modo Mercenários, mas isso é algo que deixarei para abordar mais a frente.
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É impossível não deixar de destacar o quão bonito é Resident Evil Village. Falei disso antes, e não há como deixar de citar como os cenários são lindos ao ponto de você querer ficar brincando no modo foto e explorando o vilarejo.
Agora quanto trama do game, de fato ela inicialmente parece um emaranhado de ideias boas atiradas uma sobre as outras. A parte boa é que tudo no game é explicado, deixando apenas algumas pontas soltas para nos fazer pensar em um nono titulo, além de passarmos a gostar mais de Ethan.
#SOMOSTODOSETHANWINTERS
Ethan não é o protagonista mais querido da série pelo que pude notar, talvez não pelos mais fãs velhos, mas é incrível como suas motivações dentro desse caótico e perigoso universo é uma das mais belas até o presente momento.
Todos os outros protagonistas de alguma forma estão tentando escapar, mas Ethan é o único que realmente faz o oposto e se atira contra tudo e a todos apenas para salvar a quem ama. Não faz discursos longos e motivadores ou sequer quer entender o seu papel dentro dessa espiral de loucura. Ethan é todo coração e emoção e isso faz dele um dos protagonista mais humanos de toda a franquia em minha opinião.
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O fato de não ter um rosto, talvez não seja só uma desculpa para o elemento em primeira pessoa. Oras, Chris tem um rosto e jogamos com ele aqui. O motivo ao meu ver seja para que o jogador se sinta na pele Ethan. Ele é só um cara comum lidando com algo que foge a compreensão.
Questionei diversas vezes algumas linhas de diálogos e alguns eventos, como o incêndio inicial ou suas reações ao ser desmembrado. Uma pessoa normal não colaria a própria mão e está tudo certo, provavelmente desmaiaria ou sairia correndo. Só que Ethan é apenas coração e não tem tempo para olhar a si mesmo, mais do que isso, ele conseguiu *SPOILER* depois de morto e ter tido contato com o mofo do sétimo game, vencer o contagio e se manter no controle.*FIM DO SPOILER* é algo que somente os lordes das sombras e Mãe Miranda haviam conseguido.
Bem, cabe diversas discussões sobre trechos do game por conta de pontas soltas a cerca do personagem. E também sei que algumas pessoas podem simplesmente discordar e tá tudo bem, mas deixo o registro de como mudei minha impressão sobre Ethan Winters, um dos melhores personagens de RE.
Desbloqueáveis & Coletáveis
O modo mercenário é algo que muita gente gosta, pelo motivo que é viciante se tu parar pra brincar um pouco. Eu particularmente não sou lá um grande amante desse modo de jogo, mas cheguei a brincar um pouco em RE3.
É um modo que é mais do que bem-vindo para aqueles que já fecharam o jogo e quer prolongar a vida útil dele, afinal, não conta com DLC’s por enquanto. O que acredito que não vá demorar a ser anunciado, visto que o sétimo game recebeu algumas.
O que senti falta aqui foi de controlar outros personagens, mas entendendo que é um game em primeiro pessoa, isso não faria lá grande diferença contanto que pudéssemos sentir essa diferença no gameplay.
E destacando outro elemento interessante do game, são os desafios que garantem pontos para usarmos na loja bônus após a conclusão do jogo. Cada desafio executado no modo história ou no modo mercenários garantem pontos que vão permitir comprar armas novas, que estarão disponíveis na loja do Duke.
Após a conclusão também estará disponíveis trechos da captura dos movimentos dos personagens, bonecos, artworks e diversas coisinhas interessantes.
Ah, tem umas cabras de madeiras para ser encontrada e destruída ao longo do game.
Os lordes das sombras
Resident Evil Village é um dos jogos da franquia mais redondinho que eu joguei até o momento. Ele comete alguns pecados, mas isso é compreensivo visto que abraça o gameplay do quarto game que é mais focado na ação.
Por outro lado ele tenta equilibrar isso ao entregar uma experiência diversificada ao introduzir vilões temáticos.
Não dá pra negar que o trecho mais assustador é na mansão Beneviento, só que aquilo é algo que qualquer um que tenha visto Outlast ou qualquer outro game do gênero não vai se espantar tanto, visto que colocar o jogador desarmado não é nenhuma novidade.
O bebê é assustador, eu sei, eu sei, mas não é um risco real se tu se atentar ao caminho que ele faz. É até simples de passar por essa fase, mesmo que nervoso.
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Depois temos a fase do Salvatore Moreau, onde você passa mais tempo realizando puzzles do que combates, que até tem uma horda de licano no inicio do mapa, mas enfrentar o Moreau na sua versão mutante é fácil, sem grandes exigências de habilidade para derrotá-lo.
Então chegamos no trecho do Karl Heisenberg, um dos mais longos depois da mansão Dimetrescu. Conta com Inimigos que visualmente até nos intimida inicialmente, mas basta conhecer o seu trajeto e limitação de área pra ficar fácil de lidar. O combate contra Heisenberg mutante também não é nenhum bicho de sete cabeças, alias, nenhuma boss battles é realmente desafiadora.
Certo, mas temos níveis de dificuldades para selecionarmos que tornam os inimigos mais resistentes e quase esponjas de balas. Bem, isso não é o tipo de desafio que nos traz brilho aos olhos. E entendam bem, não estou dizendo que o jogo seja ruim por conta disso. Resident Evil Village quer nos contar uma história e ele o faz bem.
Conclusão
Resident Evil Village é um game memorável por razões que somente jogando vocês compreenderiam. Não é isento de criticas, mas acerta mais do que comete erros, pois entrega uma experiência de alto fator replay e com momentos únicos.
O fim do jogo é algo que realmente lhe causa um misto de sensações, seja pelo desenrolar ou pela forma como é finalizado os créditos. E se me permitem dar um conselho, não assistam gameplays ou busquem algo relacionado a história do jogo no YouTube.
Se resguardem para jogar do inicio ao fim e ter uma experiência completa com o titulo, como aconteceu comigo. Não tente ter uma experiência real com um game se baseando no que outra pessoa achou, porque nunca será igual.
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Essa análise foi feita com uma cópia digital de Xbox One cedida pela Capcom.