Pretty Girls Four Kings Solitaire | Big Brain Game, Small Brain Player
19/03/2022Sei que parece repetitivo depois de ter dito uns dias atrás, mas JESUS AMADO, esse calor do Rio de Janeiro tá insuportável.
Cadê as chuvas, o tempo fresco e ameno? Não tá dando, véi! Cinco horas atrás eu havia tomado banho (no horário em que escrevo isso, me refiro a meio dia) e acabei de tomar outro. O clima na cidade tá tão quente que só de olhar pra fora de casa e ver o calor, eu fico cansado. Esses dias eu fui imprimir uns currículos, fiquei fora de casa uns vinte minutos talvez. Quando eu voltei, parecia que eu tinha caminhado por uma hora.
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O calor tá brabo no nível, eu não consigo nem streamar direito porque o calor tira minha concentração. Se existe uma pessoa que gosta desse calor, essa pessoa tá mentindo. Ou ela é uma filha da p… O que isso tem a ver com o jogo de hoje? Absolutamente nada.
Mas, nesse dia 17 de Março, a Zoo Corporation lançou mais um jogo da série Pretty Girls, após o veloz (e divertido) Pretty Girls Speed. Intitulado Pretty Girls Four Kings Solitaire, o jogo traz uma variante diferente de paciência ao seu catálogo? Será que ele vale seu tempo?
Reorganizando os Decks
A variante do Four Kings do jogo é a princípio difícil de se entender. Você tem um baralho de 52 cartas e precisa organizá-las em grupos de 13, sempre terminando com o rei (K). Na parte superior, a primeira carta da coluna estará lá, A, 2, 3 e 4. Essa carta representa a ordem que devemos colocar.
Explicando: O Ás (A) equivale a 1, então devemos organizar sequencialmente de 1 em 1, indo do A ao K. O 2, a sequência vai de 2 em 2, ou seja, 2, 4, 6, 8, 10, Q, A, 3, 5, 7, 9, J, K. O mesmo vale pro 3 e 4.
Dependendo da dificuldade escolhida, na parte de baixo da tela, haverão certos espaços para se colocar as cartas, essas cartas ficarão disponíveis pra uso após a carta correta ser posta nos espaços superiores. Dependendo da dificuldade, fica bem difícil administrar esses espaços.
Porém, para auxiliar um pouco no seu lado, auxílios existem, independente da dificuldade escolhida. Você pode re-embaralhar as cartas (preferencialmente quando não há mais nenhuma pra puxar do baralho) uma vez, e pode pegar até cinco cartas da parte inferior que possam ir para as colunas.
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As partidas podem ser rápidas, se você tiver um bom mouse e souber onde colocar as cartas (e também um RNG bom), mas no geral cada partida dura entre cinco e oito minutos com o timer da tela, mas esse tempo certamente é menor, já que cada auxílio acrescenta um tempo extra (20 segundos para cada carta tirada da parte inferior, e um minuto para reembaralhar).
Dessa vez, temos uma seleção com oito meninas, e cada uma delas com duas roupas diferentes. De cara, temos quatro meninas, sendo que as outras quatro são desbloqueadas com uma vitória nas dificuldades “Fácil”, “Normal”, “Difícil” e “Muito Difícil”, e as roupas extras são desbloqueadas com quantidades X de vitórias nessas dificuldades.
Ausente em Pretty Girls Speed, o modo de Diorama (visto em Pretty Girls Rivers) está de volta, com o jogador podendo visualizar as personagens em diversos cenários, e podendo alterar expressões e roupas das mesmas, além de colocar mais de uma no cenário.
Muito plot e composições agradáveis
A trilha de Pretty Girls Four Kings Solitaire (tente dizer isso três vezes seguidas, rapidamente, sem parar pra respirar. Difícil, né?) é aquele tipo de trilha que pode não chamar tanto a atenção, como alguns outros jogos da série (Pretty Girls Panic! me vem a mente), mas não desagrada, sendo uma boa companhia para as cerca de cinco horas que você passa com o jogo (pelo menos foi esse o tempo que me levou para completar todas as conquistas), porém como você joga várias vezes com determinadas garotas, acaba soando meio repetitiva ao longo do tempo.
As vozes, novamente, carecem contexto porque foram extraídas das visual novels de origem. Não que não não sejam bem executadas, mas são meio sem contexto, tipo aquele monte de áudio que alguns streamers soltam durante as lives ou possuem comandos pra isso.
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As personagens possuem um bom plot, se é que me entendem, extraídas das visual novels da Miel/Norn, mas que eu não joguei porque er… Além de estar sem grana pra comprar qualquer coisa, muitas das novels da empresa possuem tanto conteúdo e profundidade quanto um pires, sendo legítimos nukiges, o que não seria um problema se boa parte delas não tivesse a mesma premissa que deixa as coisas bastante previsíveis (qual o problema deles em fazer novels que não usem os mesmos 4 fetiches todo santo jogo?). Mas enfim, são sprites bem bonitos e destacáveis, e todas possuem balísticas massivas. (Se não entendeu o “balística”, vá jogar Resident Evil 4 e tudo fará sentido).
Os cenários são comuns as visual novels da empresa, você já deve ter visto em algum outro título.
São cenários estáticos muito bem feitos, mas com nada demais em relação a outros. Sim, esse parágrafo ficou curto, mas queria o quê? Eu não sou aquele cara que fica falando de paralax scrolling nos jogos, até porque desde que me entendo por gente, nunca liguei pra isso e não é agora que vou.
Para os pacientes, sortudos e inteligentes
Pretty Girls Four Kings Solitaire é mais um título que embrulha um jogo básico em uma embalagem bonita, tornando a experiência bastante agradável, ao menos se você curte jogos casuais.
Claro que eu gostaria de ver a Zoo Corporation tentando algo diferente, como foi com o jogo musical Beat Souls, ou o Roguelike Rogue Explorer, mas o público de jogos casuais ao menos está bem servido com este jogo de cartas.
Pretty Girls Four Kings Solitaire está disponível para PC.
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Esta análise foi feita no PC com uma cópia digital do game gentilmente cedida pela ZOO Corporation.