Elex 2 | Um RPG difícil de gostar
24/03/2022Introdução
Elex 2 é a continuação do talvez desconhecido ELEX, lançado para PC/ PS4/ XONE em 2017, sendo um RPG de ação feito pela Piranha Bytes e publicado pela THQ Nordic, que volta e meia pega uns títulos de menor orçamento para soltar pro público.
Lá, vimos a história de Jax, um soldado genérico careca de uma raça chamada Alb, que almeja usar a energia Elex do planeta para benefício próprio. E o que é esse tal de Elex? É uma energia esquisita que caiu no planeta Magalan junto com um meteoro que destruiu a civilização como eles conheciam.
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As pessoas que sobreviveram se juntaram em facções e todas elas ODEIAM esses Albs, a raça do seu protagonista.
O que ocorreu no primeiro game é que ele caiu de sua nave e o Elex que ele tinha em seu corpo sumiu, deixando ele fraco. Isso fez com que ele não tivesse outra opção senão se juntar ao povo livre de Magalan.
Assim, a missão do jogador era se aventurar por esse planeta e fazer uso dos tropes clássicos desse tipo de RPG ocidental – como inclinação moral, forjar itens, conversar com NPCs estranhos – para zerar o game.
O segundo game
Senti que foi necessário dar essa introdução do roteiro do primeiro game, pois acho que ninguém sabe exatamente do que se trata. Se bem que se você achou esse texto no Google, é muito provável que você já conheça o game, mas enfim.
A questão é que o segundo jogo é basicamente uma extensão do primeiro, com mecânicas similares.
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O combate do game não é um dos melhores, mesmo se comparado com outros jogos de baixo orçamento. Isso sem falar da dificuldade do mesmo, que vai pra lá e pra cá sem aviso.
Em alguns momentos você está batendo inimigos no mapa totalmente fracos e dois passos depois você é humilhado por algum monstro que não faz sentido estar na mesma área. Isso sem falar que tudo é pesado e as hitboxes não parecem corretas.
Os NPCs que você encontra também não adicionam valor nenhum à narrativa, sendo todos seres meio desprezíveis que em 2 horas de jogo você provavelmente já vai estar pulando todos os diálogos, torcendo pra que ao fim da conversa, você ganhe algum item bom ou avance a narrativa de alguma forma.
Acho que o único fator que salva bem de leve é o jetpack, que já estava presente no primeiro jogo, facilitando a navegação pelo mapa e deixando a experiência menos pior.
Conclusão
Normalmente é legal dar uma passada de pano para empresas que não podem fazer jogos AAA, mas o estúdio Piranha Bytes, localizado na Alemanha, parece que simplesmente não aprende com seus erros.
O jogo sofre de diversos problemas de combate e narrativa que seus jogos anteriores, como a série Gothic e Risen, e é difícil compreender o motivo de continuarem criando experiências sem escopo assim.
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E pior é ver que outros estúdios europeus que fazem este tipo de jogo, como a CD Projekt RED, melhoraram muito nos últimos anos. É só ver a diferença de Witcher 2 para o terceiro titulo.
Caso você goste de RPG’s ocidentais de baixo orçamento ou simplesmente queira dar umas risadas com um jogo que beira o injogável, pode dar uma chance a Elex (tanto faz o 1 ou o 2). Espero que você encontre alguma felicidade nisso.
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Esta análise foi feita no PlayStation 5 com uma cópia digital do game gentilmente cedida pela THQ Nordic.