Castlevania: Aria of Sorrow | Retro Review
14/02/2023Eu estava outro dia visitando meu antigo blog de games (Caramba, fazem quase 14 anos que escrevo sobre jogos, desde 2009, antes mesmo do blog, eu fazia alguns reviews) e pensei com meus botões… E se eu reaproveitasse esse conteúdo pro Arquivos do Woo? E acreditem, tem MUITA coisa que eu poderia aproveitar.
Então, não estranhem a quantidade de reviews retrô que vão aparecer aqui no site ao longo dos dias, semanas e meses seguintes, provavelmente é conteúdo reaproveitado – Diabos, eu era menos formuláico quando escrevia sobre jogos e tinha internet discada.
Pra começar, falaremos é claro do meu Castlevania favorito, Castlevania: Aria of Sorrow, do Game Boy Advance. Vamos em frente que atrás vem gente.
Intercâmbio Maldito!
O jogo se passa em 2035. A humanidade se prepara para assistir o primeiro eclipse total do novo século. Soma Cruz, um estudante de intercâmbio no Japão vai assistir o eclipse no templo Hakuba e ter a chance de colocar seu kibe para espirrar maionese na esfirra de sua amiga de infância e filha do responsável pelo templo, Mina Hakuba, então…
PERAÍ! PARE ESSE REVIEW!
Vamos lá, Soma Cruz é um estudante de intercâmbio. Provavelmente da Europa ou da América, e Mina é claramente japonesa. Lembrete que ele é estudante de Intercâmbio, ou seja, vem de fora do país (A história se passa no Japão) e isso daria um nó na cabeça de qualquer um ao pensar no assunto. Mas, como nem a wiki de Castlevania solucionou esta dúvida, vamos continuar…
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Enfim, os dois percebem que a escada tá mais grande que o usual e os dois surgem… No Castelo de Drácula. Lá, são atacados pelos cruz-credos habituais da série e salvos por um estranho chamado Genya Arikado (que, SPOILERS é a identidade ‘secreta’ de Alucard SPOILERS) e lá, Soma descobre que tem a habilidade de roubar as almas dos monstros derrotados. Arikado aconselha Soma a procurar a câmara do mestre para descobrir a verdade e encontrar um caminho para fora do castelo.
Tipo o Symphony of the Night, mas melhorado
O jogo segue a fórmula do aclamado Symphony of Night, com exploração não linear. Você dispõe a princípio de pouco equipamento e quase nenhuma habilidade, mas conforme avança, novos equipamentos são conseguidos. O jogo introduziu o sistema de almas, no qual, dependendo da sorte, se você derrotar um monstro, absorverá a alma dele lhe conferindo certas habilidades.
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Almas essas que são essenciais para se fazer o bom final. A jogabilidade funciona muito bem, servindo ao seu propósito, chegando a passar uma sensação de evolução, tanto que um dos mestres passa a ser um mero inimigo mais pra frente no jogo (trope clássica de Beat’em up).
O Castelo de Drácula é imenso, e contém muitos segredos e enganos, não por acaso você vai se perguntar: “PRA ONDE DIABOS EU VOU AGORA?” Acredite, eu fiz MUITO isso. Já a dificuldade do jogo não é grandes coisas, alguns inimigos podem dar trabalho, e outros chefes podem fazer você ter leves evacuações anais, mas nada que lembre os jogos do NES.
Maravilhoso!
Graficamente é estupendo. Os monstros são diferentes e mesmo com a tela diminuta do GBA, tem detalhes e os cenários são bem conectados e bem feitos. Alguns cenários particularmente são pinturas. Só a Dimensão aonde você enfrenta Chaos que não ficou muito legal porque é basicamente uma versão re-colorida do castelo. As artes do jogo foram feitas pela Ayame Kojima, então depende mais do seu gosto por desenhos. Mas admito que gostei mais da arte “Genérica-Anime” de Dawn of Sorrow.
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Michiru Yamane estava nas Pick-Up’s, o que garante uma sonzeira de alta qualidade. Mesmo com a qualidade sonora do GBA não sendo grandes coisas (Guilty Gear X Advance, estou olhando para você), as músicas de Aria of Sorrow provam que um bom compositor faz milagres até mesmo com hardwares ruins. As vozes ali contidas ficaram boa, e saúdo a Konami por não ter chamado dubladores americanos para refazerem meia dúzia de falas, afinal, se isso acontecesse, perderíamos o modo fofo que a Mina fala quando o Soma vai falar com ela na entrada do castelo.
Vem na minha conclusão
Eu teria muito mais pra falar de Castlevania: Aria of Sorrow, mas eu só faria você perder tempo. De qualquer jeito, recomendo, com uma jogabilidade bem feita, uma dificuldade honesta (que te desafia, não te desanimando) e gráficos bons, além de uma trilha soberba, o jogo é uma ótima pedida, ainda mais agora que ele foi relançado nas plataformas modernas na coletânia com os jogos do GBA.
Castlevania: Aria of Sorrow está disponível para Game Boy Advance, PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.