Breakers Collection | Porradaria atemporal

Breakers Collection | Porradaria atemporal

20/02/2023 6 Por Diogo Batista

Quando a VISCO lançou Breakers em 1996, eles tinham a difícil tarefa de brigar com um dos maiores jogos de todos os tempos que pipocava em todos os arcades possíveis: KING OF FIGHTERS 96. O titulo havia sido lançado em 30 de Julho daquele mesmo ano, enquanto Breakers só chegou as fliperamas em DEZEMBRO!

Se isso não fosse o suficiente, Breakers  Revenge, uma versão mais refinada e com mais personagens só foi lançada em 1998, quando KOF 97, talvez um dos mais populares da franquia já estava entre nós. Logo não é incomum compreender porque Breakers é pouco conhecido pelo grande publico.

Se no passado o titulo não teve o merecido reconhecimento, a QUByte entrou na jogada para atirar luz as diversos jogos clássicos, e com isso Breakers Collection foi concebido – Quem leu minha cobertura da BGS sabe que gastei um bom tempo no titulo na estande da empresa.

Passado alguns meses desde o evento, o titulo foi lançado e tive a oportunidade de jogar mais um pouco do titulo dessa vez no conforto do lar, e cá estou para compartilhar a minha experiência.

Reprodução: QUByte

Breakers ou Breakers Revenge

Em um primeiro momento eu preciso dizer que as chances de investirmos mais tempo em Breakers ao invés de Breakers Revenge são bem baixas. Claro, existe as conquistas, mas a jogabilidade de Revenge é melhor e o maior numero de personagens a disposição contribuiu em muito na escolha dele na hora de jogar.

Ter o Breakers de 1996 sem dúvida é ótimo, não me entendam mal. Eu particularmente até gosto dele e acho que a IA nessa versão é menos punitiva do que no Revenge, que lá bate até na nossa sombra a primeira brecha.

Talvez o fator mais interessante é exatamente que você tem ambos os jogos de modo que podemos ter uma ideia da evolução de um para o outro, sem ter que pagar duas vezes por isso – Obrigado QUByte por isso.

Breakers Collection

Créditos: QUByte Interactive

Um port feito com cuidado

Breakers Collection não é apenas uma forma de preservar a memória dos jogos antigos, mas também de presentear os fãs do gênero (incluso eu) com um titulo que muito provavelmente ficaria perdido pelo tempo. E não só isso, a QUByte trouxe o titulo e o incrementou com diversas melhorias que vão desde a resolução, a diversos outras coisinhas como galerias de imagens com artes clássicas, o famoso sound test que só os tiozão sabem como era bom ir a essa opção para ouvir algumas musicas do cenário.

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Também temos a opção de escolher os gráficos originais ou mesmo versão onde a tela é preenchida,  caso você se incomode com uma dimensão de tela menor, mas no geral você consegue jogar com a tela preenchida sem ficar com uma imagem esticada, algo que algumas pessoas costumam repelir quase de maneira automática, mas aqui continua tão bom quanto no original.

Por se tratar de um titulo clássico, é um pouco impressionante o cuidado que o estúdio teve ao portar o jogo para os consoles modernos. No quesito jogo completo, Breakers Collection entrega tudo e ainda a possibilidade de jogar online e com vários modos extras.

Breakers Collection

Créditos: QUByte Interactive

Nunca apanhei tanto na vida

Não tenho problema algum em dizer que o jogo é divertido e extremamente difícil, porque a medida que você avança na jogatina a IA começa a prever todos os seus golpes – Em determinados lutas depois de ser surrado eu simplesmente atirei o controle no sofá e sai gritando pela sala.

Breakers Collection não é um jogo pra quem gosta apenas de partidas casuais, porque a dificuldade dele pode desestimular você a insistir na jogatina. Claro, eu faço parte desse grupo, mas acabo sempre revisitando para tentar aprender mais e decorar a “pegada”  de alguns personagens controlados pela maquina.

Por sorte conta com um modo treino que dá pra investir boas horas para conhecer os comandos e se familiarizar com o personagem da sua escolha. No meu caso, foi impossível não se encantar com a Tia que é um equivalente ao Ryu e Ken nesse jogo, só que melhor.

Outro ponto é que o jogo é frenético, então as lutas são extremamente rápidas e exigem um raciocínio igualmente rápido para encaixar o próximo combo ou contra-ataque. Não a toa o rage surgia as vezes até mesmo naquelas partidas em que eu estava GANHANDO e a maquina virou o jogo como se eu não fosse nada – Parecia até que era ele quem estava treinando.

Breakers Collection

Créditos: QUByte Interactive

Conclusão

Sem dúvida a QUByte entregou um port acima da média e que vai garantir muitos desafios e diversão aos amantes de retrogames e aqueles que gostam de explorar títulos esquecidos.

Apesar de ter um modo online, o pouco que pude jogar só constatou que não nasci para ser jogador  profissional de fighting games. Por outro lado não foi sempre que encontrei partidas disponíveis, não sei se dei azar na hora de buscar combates, mas não fui bem sucedido.

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Breakers Collection é uma das melhores experiência que você terá com a franquia criada pela VISCO:  diversão, rage e muito “gratiluz” enquanto tu é massacrado pela IA.

Sei que lembrar da dificuldade de um titulo como esse é chover no molhado, afinal, os jogos dos fliperamas pensados exatamente para comer fichas, só que eu acho que no caso do Breakers rolou um prazer mórbido em ver a gente apanhando.

Breakers Collection está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series S| X e computadores!

Essa análise foi feito com um código do jogo para Xbox Series S|X que foi gentilmente cedida pela QUByte Interactive.