SETTRIS | Análise
17/06/2023 0 Por Geovane SanciniEu to sem ideias pra abrir esse texto, então vou refletir um pouco sobre os anúncios de jogos que tivemos agora em junho, no período da finada E3, que agora se chama FOI3 porque não tem mais evento. Claro que o Summer Game Fest foi bem nhé. Um monte de coisas que não eram tão interessantes ou foram apresentadas de maneira tosca. Alguns jogos surpreenderam, e algumas revelações? Bem, a SEGA tinha que ser SEGA e vazar algo antes, tipo o remake de Persona 3 e a data do Like a Dragon Gaiden. Se bem que tecnicamente, tudo da conferência da Microsoft tinha vazado, então nem é tão culpa da SEGA assim.
Alguns jogos lá me deixaram positivamente surpreso, como o Persona de Fantasia (vulgo Metaphor Re:Fantazio), ou o Star Wars: Outlaws (que tenho medo porque é da Ubisoft, e Ubisoft gonna Ubisoft: The Game), e outros só me fizeram bocejar como o Far Cry Azul (vulgo aquele jogo do Avatar). Os Indies, como sempre, são uma faca de dois legumes, alguns apresentam boas ideias, mas porque caralhos agora todo indie tá começando a pedir 8 GB de memória? Não tô nem falando de jogos que são em 3D, mas RPG’s bidimensionais, ou side-scrollers.
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Quando eu comecei a jogar no PC, lá em 2011, 2012, 2013, jogos indies eram geralmente pra onde você ia quando os AAA não rodavam em seu PC, ou você não tava mais a fim de jogar a mesma coisa regurgitada anualmente pela Ubisoft/Activision/EA. Enfim, hoje em dia estão pedindo PC’s mais potentes pra jogos que rodariam no PS3…
O que isso tem a ver com o jogo de hoje? Nada. Enfim, a Zoo Corporation, famosa pela série Pretty Girls, esse ano parece que resolveu dar um tempo na mesma. Se algumas produtoras decidissem a mesma ideia e parassem de explorar as mesmas coisas todo ano… Só ver a quantidade de roguelites, ou de jogos que tem elementos de deckbuilding no Steam, e tu vai ver ao que me refiro. Enfim, dessa vez a inspiração veio dos Pentaminós, a mesma inspiração que Alexei Pajitnov teve para criar Tetris, lá em 1900 e não te interessa.
O que a Zoo fez? Bem, eles fizeram SETTRIS, que saiu agora dia 15 de Junho. E é sobre ele a análise de hoje… Sim, eu sei que está no título, só vendo se você presta atenção ou clica em qualquer coisa. Vamos lá.
Frite o cérebro pra resolver os puzzles.
O jogo não tem história, nem algo visual para identificar com história, e não estou com saco o suficiente pra inventar uma história, então vou explicar como o jogo funciona. Ele possui dois modos, STAGE e Time Attack. No Stage, temos 80 estágios para completar, sem grilo, com todo o tempo do mundo e a única limitação é o seu cérebro (e as peças providas). O modo Time Attack, como o próprio nome diz, você faz as coisas com um timer… Ou algo do tipo. Pra ser honesto, eu não joguei o Time Attack mode, porque o Stage já era difícil o suficiente.
O jogo funciona como um tabuleiro de Pentaminó, mas nem sempre vai ser o tabuleiro padrão, porque o jogo não tem um tabuleiro padrão em si. Cada fase é um tabuleiro diferente, e você recebe peças variadas para preencher aquele tabuleiro em específico.
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Cada tabuleiro tem um conjunto de peças diferentes, que vão desde peças que usam 1 quadrado e vão se tornando mais complexas em tamanho e formato. As peças são de cores diferentes, e em algumas fases, peças de determinada cor precisam ser obrigatoriamente colocadas em certos pontos do tabuleiro. Isso é explicado no simples tutorial do jogo.
Você pode usar mouse, teclado, controle ou uma combinação dos 3, dependendo do que é mais confortável para você. Você pode rotacionar as peças em 90 graus ou espelhar elas com o toque de um botão. Algumas fases possuem obstáculos que precisam ser contornados. No geral, os controles funcionam sem problemas.
Tedioso graficamente, trilha aceitável
Vou ser honesto, nesse jogo aqui… Dá pra mostrar a falta que a marca da série Pretty Girls faz, porque graficamente, SETTRIS é tedioso. O jogo não tem aquele humpf que outros jogos simples como o Pretty Girls Klonlike Solitaire, ou Pretty Girls Rivers tem. Você tem um cenário subaquático, peças e tal. E só. É tudo o que temos. As músicas são passáveis, nada memoráveis, mas passáveis. Todas elas são músicas copyright free.
Um jogo decente, mas a marca das Pretty Girls fez falta
Nem todo jogo tem o dever de quebrar barreiras, desafiar padrões ou ser filmes de 20 horas que Youtubers glorificam, a verdade é que a maioria deles só quer ser divertido. SETTRIS é um desses jogos, mas a falta da marca Pretty Girls fez falta, porque não há um incentivo para completar esses quebra-cabeças. Talvez se você curta Pentaminós e quebra-cabeças, valha a pena uma jogada.
Nota Final: 7,5
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Settris está disponível para PC através do Steam e esta análise foi feita com uma chave de PC enviada pela Zoo Corporation.
Sobre o Autor
Geovane, mais conhecido como Sancini (ou Kyo, se você for velho o suficiente pra lembrar do nick antigo dele) é um escritor e speedrunner que joga videogames desde que se entende por gente.