Street Fighter 6 | Será que é tudo isso mesmo?

Street Fighter 6 | Será que é tudo isso mesmo?

01/07/2023 1 Por Diogo Batista

Street Fighter 6, o novo capitulo de uma franquia que completará 36 anos em agosto, enfim está entre nós. O mais surpreendente aqui nem é a idade da franquia, mas sim como ela se manteve relevante ao longo de todos esses anos, nos provando ser um sucesso até mesmo nos títulos em que muitos apontam como uma mancha em seu legado, como em Street Fighter V, que apesar da chuva de criticas, ainda se manteve firme – Pelo menos no competitivo.

Falando por mim, a minha história com a franquia começou bem cedo enquanto eu ainda era moleque, desde então  busquei consumir quase tudo o que foi lançado sobre Street Fighter. Digo isso como alguém que amava passear em frente aos arcades, mas só fui ter contato em casa jogando direto de um Super Nintendo.

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Infelizmente eu não tive a oportunidade de jogar tanto SF4  no Xbox 360 como queria ou tampouco SF5 devido sua limitação ao PS4 e PC, mas esse ano a coisa mudou, estou tendo a oportunidade de analisar o titulo ainda em seu lançamento e isso é incrível pra mim. Obrigado Capcom Brasil por ter nos fornecido uma chave do jogo para analisar.

Faz alguns dias que estou jogando e nesse momento eu me sinto seguro para compartilhar com todos vocês minha experiência com Street Fighter 6.

Street Fighter 6

Minha avatar – Créditos: CAPCOM

VAMOS COMEÇAR PELO MODO WORLD TOUR

Entre as adições, o modo World Tour de Street Fighter 6 deu um pouco o que falar, isso por conta dele parecer mal otimizado, com quedas de frame constante em determinados momentos e isso chega a incomodar, afinal é um jogo da nova geração.

Por outro lado mesmo diante dessa dificuldade é um modo interessante por possibilitar que você conheça mais da história de Street Fighter, caso você seja alguém novo no universo ou mesmo não tenha qualquer afinidade com os personagens clássicos da franquia. Não que entendê-los um pouco melhor mude alguma coisa, mas é um fanservice bacana.

Logo no início desse modo você precisará usar das ferramentas de criação para criar o seu avatar no jogo. Não sei criar gente bonita nesse jogo. Obviamente isso não tira o mérito do titulo, mas você não conseguira criar uma garota que tenha um modelo de corpo igual ao da Cammy por exemplo se tiver as mesmas habilidades que eu na ferramenta de criação.

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Eu não costumo reclamar, mas pelo tamanho do jogo eu esperava ao menos que tivéssemos uma dublagem recorrente ao invés de textos e suspiros. Tá, eu entendi que a Capcom fez um RPG de luta nesse modo, mas a gente não esperava. Talvez o ponto mais negativo é que ele não seja realmente interessante pra você se esforçar até o seu final e o motivo é exatamente as constantes batalhas que você pode se deparar enquanto caminha por Metro City, além dos cansativos diálogos e as idas e vindas.

Outro fator interessante é que será nesse modo que você aprenderá o passo-a-passo de como se jogar no controle moderno, então dá pra encará-lo como um grande e longo tutorial que vai exigir a sua paciência. Ou não, afinal, pode agradar você esse modo.

Street Fighter 6

ISSO, METRO CITY! CIDADE DO EX-PREFEITO HAGGAR!!   – Créditos: CAPCOM

Uma das vantagens, e essa eu digo que é um teste de paciência é que se você quer desbloquear roupas dos seus personagens sem ter que desembolsar uma grana comprando moeda do jogo com dinheiro real, você terá que elevar o nível de afinidade com os personagens do jogo que estão disponíveis como mestre no modo World Tour.

Basta você ir lutando e ganhando moeda, para depois comprar esses presentes e entregar ao Ryu, Ken, Chun-li ou Luke, escolhe um e vai fundo agradando eles pra conseguir roupa clássica ou alternativa – Eu acho que até entendo porque uma galera prefere comprar com dinheiro real.

Onde eu estava mesmo, ah, sim, METRO CITY.  A cidade está tomada de gangues e cabe a você resolver todos os problemas em sua jornada de se tornar o mais forte e encontrar a razão do porque quer ser um lutador. Essas coisas. O jogo tem um fiapo de historia que o leva a encontrar com todos os personagens disponíveis no jogo atual e até pedir que eles ensinem seus golpes especiais. É isso.

Talvez isso seja utilizado de outra forma também, como adicionar novos personagens que venham a entrar no passe de batalha, quem sabe.

Créditos: CAPCOM

Battle Hub

Fliperamas com jogos clássicos e desafios, além da possibilidade de enfrentar outros avatares em um combate no mínimo curioso onde você será macetado. Isso porque se estiver em level baixo, encarar pessoas com level acima é garantia de ser destruído, seja por conta das diversas barras de energia ou pelos comandos desbloqueados que você não tem até aquele momento.

Por outro lado é interessante porque você pode treinar jogando contra outros jogadores e ainda realizar desafios diários que lhe fornecem bonificações com um determinado personagem. A parte boa é que se você se preocupa com ranking, aqui tu vai enfrentar todo o tipo e aprender muito jogando sem perder pontuação.

Créditos: CAPCOM

Quer enfrentar alguém? Então se sente em uma das maquinas e espere outro jogador o desafiá-lo. Quer desafiar algum oponente valioso mas ele está no meio de uma partida? Entre na fila e assista a  luta dele contra o oponente atual e vá conhecendo sua forma de jogar.

Eu que particularmente não gosto desses lobbys de jogos, reforço que o de Street Fighter 6 me cativou mais pela forma como ele se apresenta, tenho de reconhecer isso. Há centenas de avatares deformados que o povo cria pela zueira, mas no sentido de combate é ótimo enfrentar gente habilidosa e se desafiar pelo hub.

Uma sacada genial da Capcom aqui é terem colocado fliperamas com seus jogos clássicos, como Final Fight, Street Fighter 2 e até mesmo o primeiríssimo Street Fighter. Sendo possível jogar com fichas infinitas ou tentar registrar o maior nível de ranking possível no desafio da maquina.

Vai lá, desafie-se.

Fighting Ground

É aqui onde realmente a diversão começa, pelo menos foi para mim, pois conta com o modo arcade onde você escolhe os personagens e aproveita o modo história, batalhas extremas, treinamento e lutas ranqueadas e salas personalizadas, onde você se reúne só pra trocar sopapos e prosear com os amigos.

Nesse ponto vou dar um ênfase ao cuidado que a Capcom teve por encher de informações em como se jogar com os personagens, treinar seus combos e se arriscar nas batalhas ranqueadas. Claro, tem o modo história que você vai curtir, mas o jogo entrega uma jogabilidade tão boa e refinada que você sentira confiança em se arriscar em partidas online.

Eu digo isso como alguém que sempre fugiu do online pelo fato de ser um ambiente estressante, porém, aqui, a coisa muda um pouco de figura. Começando pela possibilidade de você  ter a sua disposição 3 tipos de controle, o moderno, dinâmico e o clássico.

Street Fighter 6

Créditos: CAPCOM

No comando moderno você terá os principais golpes do personagem a sua disposição de maneira mais fácil, mas não o suficiente para você não ter que aprender fazer um melhor uso, afinal, ele é apenas um atalho para golpes que você teria de realizar um comando especifico.

No Comando clássico, este consiste como o próprio nome sugere é modo o qual todos nós sempre jogamos Street Fighter.

No comando dinâmico, este você não conseguirá jogar online, muito porque ele facilita em muito no desenvolvimento de combos fazendo pouco ou quase nenhum esforço. É interessante caso queira jogar com alguém no versus, mas a nível pratico causaria um estrago tremendo no online.

Créditos: CAPCOM

Sendo bem direto, não gostei muito dos controles novos, assim tenho mantido jogando no clássico apenas por referencia mesmo. Já estou acostumado com a execução de comandos e até vejo como um desafio positivo quando me deparo com jogadores usando controle moderno. Outro fator que me faz apreciar o controle moderno é a inclusão que ele oferece.

Isso é algo muito incrível, porque ninguém deveria ficar de fora dos jogos de luta, e os controles modernos contribuem em muito para isso.

No Batalhas Extremas você vai realizar desafios no mínimo curiosos, como lutar com um personagem enquanto touros atravessam a tela – Loucura total isso aqui, mas eu ainda prefiro acessar o Fight Ground pelos modo arcade, treinamento e ranqueadas.

Créditos: Digital Foundry

E AI VOCÊS ME PERGUNTAM, EXISTE ALGUM PROBLEMA?

Único ponto que realmente me decepcionou e friso aqui que não sou lá uma pessoa de reclamar, é a questão gráfica no Series S se comparado ao seu irmão mais caro e com entrada de disco. Isso vale até para o PlayStation 5 que também conta uma qualidade gráfica melhor.

Entendo que o Series S é um console da nova geração, mesmo que isso cause controvérsias nas rede sociais, o que não me importo muito, mas jogos como Resident Evil Village que também usa da  entregou gráficos espetaculares em consoles como Xbox One e PlayStation 4 e absurdos em um PlayStation 5 e Series S | X, é quase impossível não se questionar quanto a questão gráfica do jogo no Series S.

Não que isso vá interferir na experiência geral, MAS, o Series S ainda é um console relativamente caro, mais barato se comparado aos PlayStation 5 e Series X, mas ainda caro, então reclamar disso é sim plausível.

CONCLUSÃO

Street Fighter 6 é um grande salto no futuro da franquia, onde todo mundo agora poderá jogar contra seus amigos, exceto no Nintendo Switch e o Xbox One. O que é uma pena, mas é melhor do que manter o titulo restrito a uma única plataforma e PC, né Capcom.

Os personagens novos são muito interessantes, e o protagonismo de Luke tampouco incomoda, na verdade eu gostei muito do personagem e sua rivalidade com Jamie. Os personagens clássicos Ken, Ryu  e Chun – Li estão lá, mais velhos e mais poderosos, então ver que novos personagens estão ganhando um maior protagonismo, não torna esses personagens inferiores. Eu diria que são até mais poderosos, apesar de que alguns personagens são uma verdadeira maquina de bater no online e que vão te deixar puto.

Só que tudo funciona muito bem e o sistema de Drive Impact é algo delicioso, talvez uma das coisas que mais gostei, porque trata-se de uma barra que pode ser usada tanto para você atacar de forma pesada e paralisar o oponente por alguns segundos, também pode ser usado para que você corra e encaixe combos mais rapidamente, tornando o combate frenético.

E jogar online é uma das melhores experiências, eu não tive nenhum problema em encontrar partidas online e pelo fato de que o jogo permite que cada um jogue com o seu cenário predileto, você não carrega a conexão, por os cenários são instalado em seu console, então cada estará no cenário que quiser enquanto batalha.

No fim das contas, eu não poderia ter ficado mais feliz com tudo o que eu vi em Street Fighter 6, não a toa que no momento conto com pouco mais de 30 horas de jogatina. Se você acha que os elogios foram exagerados, bem, alguns deles sim, mas todos devidos, vide a qualidade empregada no desenvolvimento do jogo.

Quem gosta de jogos de luta não vai se arrepender de adquirir Street Fighter 6

Nota Final: 9,5

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Street Fighter 6 está disponível para PC, Xbox Series S|X, PlayStation 4, PlayStation 5 e esta análise foi feita com uma chave de Chave enviada pela Capcom.