Redfall | Um mediano jogo de Xbox
11/07/2023A Arkane é conhecida por seus jogos de FPS com toques de RPG. Seus sucessos recentes envolvem o game Prey (2017), Dishonored (2017) e Deathloop (2021). Em seu primeiro game exclusivo para Microsoft, a empresa volta ao gênero de FPS de mundo aberto, dessa vez com uma temática de humanos contra vampiros e que, como vamos ver a seguir, não deu muito certo.
A história
O game se passa numa ilha chamada Redfall mesmo, nos EUA. Os jogadores estão presos na ilha, pois depois de rolar um experimento científico sem sucesso (clichê), a cidade/ilha ficou isolada, prendendo os personagens lá dentro.
Então os jogadores podem escolher entre quatro caçadores de vampiros, e lutar pela sobrevivência dentro desse ambiente hostil.
Gameplay
Redfall é basicamente Far Cry com uma pegada supernatural. Você anda pra cima e pra baixo na cidade, matando vampiros e alguns humanos que estão por lá, subindo seus equipamentos e nível geral.
O loop de jogabilidade é meio cansativo, pois nunca acontece nada muito além disso. O multiplayer pode trazer um pouco de conteúdo adicional à isso, mas aí seria um fator externo, o que não tem relação com o jogo em si.
As missões são repetitivas e você só fica pegando itens, ligando e desligando coisas, matando inimigos e não muda muito depois disso.
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Muitas vezes, alguns itens necessários para progredir são espalhados pelo mapa sem dicas ou contexto, fazendo que o progresso seja ligado à necessidade de explorar áreas cegamente, fazendo o famigerado pixel-hunting, pegando tudo e torcer para que o que você precisa, esteja no seu inventário eventualmente.
Os inimigos também são bem repetitivos, mas isso na minha opinião não seria tão ruim, se as missões não seguissem sempre o mesmo loop.
Os chefes não são tão interessantes, mas oferecem uma diferença bem necessária para os momentos cansados do restante do jogo.
Visuais fracos e bugs.
Redfall parece ser algo feito pro Xbox One rodando via retrocompatibilidade. Mesmo jogando a versão de PC, notei que os visuais são bem simplórios, com texturas carregando em baixa qualidade. Algumas, até carregam bonitinhas depois de um tempo, mas você precisa ficar coisa de um ou dois minutos olhando pra uma porta até ela carregar com a textura em alta resolução.
Assim, a maior parte do tempo, os jogadores vão ver coisas com qualidade baixa, semelhantes a um jogo rodando no Switch, mas com resolução maior.
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Os inimigos possuem uma inteligência artificial muito ruim. Os vampiros ficam parados te ignorando ou andando em círculos; os humanos ouvem tiros e não fazem nada, de modo que alguns momentos parece que você tá atirando em bonecos sem alma.
As cutscenes tem um design que usa os modelos dos personagens parados e anima a cena, mas ficou um pouco feio e sem estilo, pois as imagens são apresentadas quase sem filtros ou efeitos visuais para enfeitar essa pseudo-animação. Assim, parece que o jogo está mostrando para nós um esboço de cenas que eram para ser animadas, mas nunca foram.
Fora animações que não carregam, missões que quebram e te fazem ter que carregar o save e outros problemas.
Conclusão
Redfall foi lançado de forma quase incompleta, mas a versão de PC está rodando bem agora. Isso não o salva de ser algo bem desagradável e chato, assim como foi com Wolfenstein: Youngblood.
Você pode até se divertir um pouco se pegar no GamePass, mas não dê seu dinheiro para comprar em separado.
Prós:
- Dublagem em português competente;
- Mapa bem diversificado e com bastante coisa para explorar;
Contras:
- Inimigos são batatas sem inteligência;
- Ter que ficar online mesmo para jogar sozinho;
- Cutscenes simples demais;
Nota: 6,5/10
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Esta análise foi feita com uma cópia do game cedida gentilmente pela distribuidora. O game está disponível para Xbox e PC via Steam.