Leisure suit Larry – Wet Dreams don’t Dry | Análise
24/02/2024Imagino que quem tenha se deparado com a notícia do lançamento deste jogo 5 anos atrás deve ter tido uma reação do tipo: “Larry? Larry Laffer? Em pleno 2020? Sei não hein… Acho que isso não vai dar certo.”. De qualquer forma, no fim das contas eu comprei o jogo e lá fui jogar em meu Playstation 4.
Depois finalmente terminar o jogo, eu decidi vir até aqui e contar a todos vocês como foi a minha experiência com o Leisure suit Larry – Wet Dreams don’t Dry.
Uma pequena aula de história
Larry Laffer é o protagonista da serie “Leisure Suit Larry” criada por Al Lowe tendo sua estreia em 1987. Os games tem os adultos como público alvo pra se ter uma ideia o game que deu inspiração ao criador foi nada mais nada menos que softporn, dai surgiu o nosso personagem cafajeste que tem como o único objetivo ficar com garotas mas acaba sempre se metendo em confusão em histórias repletas de piadas machistas.
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Como criar um enredo com um personagem dos anos 90 tão “problemático” nos tempos modernos? A Crazy Bunch conseguiu e eu vou te contar logo a seguir com as minhas impressões do jogo.
E o enredo do game?
Nosso protagonista Larry acorda de forma misteriosamente no futuro (o nosso presente), mas não demora muito para dar de cara o bar do seu amigo de longa data, Lefty. Em sua busca para entender o que aconteceu, ele busca informações com seu amigo que lhe conta que Larry ficou desaparecido por cerca de 30 anos, e o atualiza sobre os eventos importantes que ocorreram durante sua ausência no mundo.
Sem perder tempo, nosso galanteador avista uma jovem no bar e tenta se aproximar dela, o que nos leva a encontrar um celular durante o desenrolar da historia. E isso nos leva a sede de uma grande empresa de eletrônicos onde conhecemos a proprietária da empresa, Faith. Personagem essa na qual ele se apaixona a primeira vista, e ela propõem só sairá com Larry assim que ele alcançar 90 pontos no aplicativo de encontros “Timber”. E este será o objetivo principal do jogo em Leisure suit Larry – Wet Dreams don’t Dry.
Por incrível que pareça a história se desenrola bem, no jogo, Larry, por mais que seja um cafajeste é um personagem um tanto ingênuo. Friso aqui que me diverti com os diálogos dele com a IA de seu celular, pois ela lembra muito um tiozão de WhatsApp.
O jogo também faz piadas com alguns estereótipos, como um bar vegano, um personagem homossexual que é um fortão de academia e outros personagens nerds bem pastelões. O que me chamou a atenção foi a maneira como Larry lida com esses estereótipos durante o jogo, pois apesar de brincar com isso, ele conta passa uma mensagem de respeito ao personagem.
Sobre o visual e jogabilidade
Leisure suit Larry – Wet Dreams don’t Dry é um point and click e tem todos os cenários desenhados a mão com centenas de referências a pênis e vaginas, com alguns detalhes que chegam a ser exagerado.
Durante a minha jogatina no PS4 eu não percebi problemas nos diálogos do jogo, exceto alguns que no loading do cenário da academia por duas vezes. Incluo esse comentário por quê seu sucessor, Wet Dreams don’t Dry Twice, também tem esse problema para carregar os cenários.
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Como estamos falando de um game point and click, eu não poderia deixar de falar dos puzzles que são bem sem sentido. O jogo aposta nos puzzles malucos para dar um tom de humor e que no geral funciona, mas tem um ou outro que acaba ficando extremamente confuso e sendo bem difícil de resolver.
Conclusão:
Leisure suit Larry – Wet Dreams don’t Dry é um game que não apresenta nada novo ou revolucionário, porém, para quem conhece ao menos um pouco da saga de Larry, sabe que não foi uma tarefa fácil trazer este personagem para os tempos modernos.
Por sorte a Crazy Bunch conseguiu tal feito e sem apelar ou destruir a essência do personagem e ainda conseguiu passar uma mensagem positiva, mesmo que sútil durante a resolução das quests do game. O jogo aposta em um humor que não costumamos ver nos jogos modernos, principalmente para adultos.
Pode ser um humor que não agrade a todos, mas certamente pode despertar o desejo de nos trazer jogos bem humorados.