Willy’s Wonderland | Ou Wardogs com multiplayer

Willy’s Wonderland | Ou Wardogs com multiplayer

22/07/2024 0 Por Geovane Sancini

Quando a QUByte e a Mito Games anunciaram Willy’s Wonderland algum tempo atrás (Primariamente pra celulares), eu achei que seria algo inspirado por Alice no País das Maravilhas, porque eu não tinha nenhum conhecimento do filme estrelado pelo Nic Cage (Willy’s Wonderland: Parque Maldito), que aproveitava a onda de Terror com mascotes, popularizada por Five Nights at Freddie’s (que ironicamente teve um filme de sucesso ano passado).

LEIAM – WarDogs: Red’s Return | Final Fight dos Cachorros

O jogo, assim como o outro título da Mito Games que analisamos (WarDogs: Red’s Return) começou nos celulares, e recentemente recebeu um porte para PC e Consoles, no mês passado, fazendo desse review mais um dos “textos que deveriam ter saído em junho, mas a depressão do Sancini não deixou”.

Sem mais delongas, vamos ver se Willy’s Wonderland vale a pena seu tempo.

Créditos: QuByte Games

Descendo a porrada em Animatrônicos

Um grupo de animatrônicos ganha vida e começa a massacrar pessoas que ousam visitar o parque Willy’s Wonderland. Os jogadores assumem o controle do Zelador (Personagem de Nicholas Cage) ou de Liv (Personagem de Emily Tosta) enquanto enfrentam as hordas do mal comandadas pelos nefastos animatrônicos – Tito Turtle, Siren Sara, Arty Alligator, Cammy Chameleon, Willy Weasel e muito mais!

LEIAM – Elden Ring: Shadow of the Erdtree | A expansão… do número de vezes que morri

A princípio, um filme de terror não seria a melhor premissa para um beat’ em up, porém o roteiro insano e o filme em si são perfeitos pro gênero, já que Cage chuta cus no filme. Pena que todo o contexto do filme foi perdido na transição para o jogo (possivelmente porque o Mito Games é um estúdio pequeno), seria legal ter visto o caos do filme traduzido em cutscenes (mesmo que estáticas em forma de quadrinhos, como aconteceu em Wardogs).

Créditos: QuByte Games

Como WarDogs, mas coop e com menos conteúdo

Willy’s Wonderland é um beat’ em up no estilo 2D, você basicamente precisa bater em tudo que se mexe. Temos um botão pra soco, um pra chute, e algumas técnicas que podem ser usadas com um botão, ou uma combinação de dois botões (L1 + quadrado, triângulo ou círculo). As técnicas de um botão usualmente tem um tempo de cooldown, herança do jogo ter sido originalmente lançado para celulares.

Já as técnicas que utilizam o L1 usam a barra de FUN, que vai sendo enchida conforme batemos nos inimigos, apanhamos ou coletamos itens que enchem a barra. As técnicas utilizam um, dois ou três terços da barra e variam, uma aumenta a sua força por um período de tempo, outra dá uma regeneração de energia e a outra ajuda no contador de combo.

LEIAM – Meu setup e uma breve introdução ao mundo RGB

Em relação aos personagens, não há diferença entre o Zelador e a Liv, sendo algo meramente estético. Porém, ao contrário de WarDogs, aqui temos co-op, que ajuda bastante quando os inimigos resolvem judiar de você, tal qual as paquitas do Hamilton fizeram com o Latifi após Abu Dhabi 2021.

Infelizmente, tendo como comparação WarDogs, não há o modo extra (Horda), tampouco os chips desbloqueáveis para fortalecer seu personagem. E as batalhas de chefe, inimigos e padrões de ataque, são quase todos reciclados de WarDogs, fazendo o jogo parecer um reskin do mesmo.

Uma falha que permanece de WarDogs, é a detecção de colisão que em alguns pontos do jogo é falha (os próprios desenvolvedores admitem isso) e pode levar inimigos a te encurralarem e arrancarem um naco de vida com facilidade.

Créditos: QuByte Games

Gráficos e sons

A apresentação inicial do jogo é boa, mas ruim ao mesmo tempo. Faltou aquele tchan no menu principal, algo pra se passar por história. O que é bom ali é só o menu de seleção de fases.

Os modelos do jogo, bem… Poderiam ser melhores. Eles são passáveis, melhores que por exemplo o jogo de Tormenta. Os cenários são um tanto genéricos, apesar de tentarem lembrar o filme. Os protagonistas não lembram os atores que deveriam representar.

A trilha sonora é esquecível. Não tem músicas ruins, porém elas não empolgam o suficiente.

Willy's Wonderland

Créditos: QUByte

Nah

Willy’s Wonderland tropeça na falta de conteúdo, é mais quebrado que WarDogs, e o único positivo real é a adição de cooperativo. Há uma miríade de beat’em up’s melhores no mercado. Esse aqui é apenas meh, uma reskin com menos coisas.

Nota: 5,5/10

Willy’s Wonderland: The Game está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e Nintendo Switch. As versões de Android e iOS foram delistadas em 2023.

Esta análise foi feita com uma cópia da versão de PS4, cedida pela QUByte.