Mortal Kombat 1: Reina o Kaos | Análise
12/10/2024Depois de uma longa espera sem grandes novidades, Reina o Kaos, a primeira expansão do Mortal Kombat 1 chegou aos consoles e PC, e a sua recepção não tem sido das melhores, mas como todos vocês que nos acompanham há tanto tempo sabem, sou um tanto cético a qualquer reação da internet. Gosto de tirar eu mesmo a prova.
Posso dizer que os vídeo de lançamento que foram sendo lançados a medida que a data chegava, me animaram bastante, pois realmente queria tirar um pouco do gosto amargo que ficou. Quero acreditar que a NetherRealm está ouvindo a sua base de fãs.
LEIAM – Mortal Kombat 1 | Reformulando e indo além das expectativas
Mortal Kombat 1: Reina o Kaos chega com novidades, como o retorno das torres do tempo e os Animalities (que chega gratuitamente para todos) e resgata alguns personagens em novas versões, além de também servir como Kombat Pass para outros personagens ainda não liberados.
Será que agora vale a pena investir no titulo? Bem, vamos descobrir.
Onde reina o Kaos
Mortal Kombat 1 – Reina o Kaos, começa exatamente do final mostrado no jogo base, onde vimos Havik e seus asseclas matando Jax nas escadarias do Armageddon. Como descobrimos na trama, Shang Tsung Titã recrutou diversos outros titãs de outras linhas do tempo, e Havik foi um desses – Que por motivo não explicado, sequer apareceu na treta que rolou nas escadarias até que ela acabasse. É.
No caso Havik tem como objetivo reunir as Kamidogu e alimentá-las com energia do tempo e mesclar todas as linhas, por fim, causar um caos inimaginável. O que em teoria parece bem interessante e muito mais interessante do que os caminhos tomado no jogo base, e ai reina o kaos dessa expansão.
LEIAM – Dead Rising Deluxe Remaster | Análise
Ela é uma bagunça completa, com muita coisas sendo jogada na trama para estender o seu tempo, talvez. Não sendo o bastante, ainda nos forçam a jogar com personagens desinteressante por mais tempo do que gostaríamos. É uma trama que se arrasta e não apresenta nada realmente interessante para te prender pelas quase 3 horas de jogatina para zerar.
Sendo bem direto ao ponto, o objetivo do vilão é até interessante e você realmente espera ver onde a NetherRealm vai te levar com isso, mas ela simplesmente te pega pela mão e o joga a vários diálogos enfadonhos e descaracterização da personalidade de Bi-Han, que do nada se tornou um cara pavio curto e que pensa muito pouco antes de agir, como saltar em um vórtice sozinho atrás de Havik. São detalhes que incomodam a medida que vamos avançando no modo campanha.
Os três novos personagens
Reina o Kaos, também nos traz de volta personagens do passado que gostaríamos ter visto logo no jogo base, são eles Cyrax, Sektor e Noob Saibot. Como tudo agora usa do artificio da linha do tempo para fazer experimentações, não foi diferente na expansão.
Enquanto Noob deixou de ser uma alma corrompida para se tornar um arauto do Kaos sob os cuidados de Havik, a Cyrax e a Sektor são mulheres humanas que utilizam de uma roupa cibernética para combate que possui um design bem legal – Apesar de que o projeto Cyber Lin Kuei não precisava necessariamente consistir em armaduras. Podiam ter levado em consideração o arco da Frost em Mortal Kombat 11 que havia se transformado em uma androide com traços femininos mesclando metal e tecido orgânico. Eu não acharia ruim terem seguido por esse mesmo conceito, MAS, todavia, entretanto, tá valendo.
LEIAM – Secret of Mana | Análise
Eu sei, eu sei, eu sigo na busca de tentar encontrar coerência dentro de um jogo de luta, o que por si só é um absurdo, mas não consigo evitar. Por exemplo: Durante uma conversa com um amigo a respeito das armaduras Cyber Lin Kuei, ele me disse que uma das razões era precisar-se de um rosto para ser visto durante os fatalities. OK, temos um ponto, mas desde Mortal Kombat X temos androides e isso nunca foi um impedimento para a realização dos golpes executores. Sinceramente, só alteraram porque sim e tá tudo certo.
Não seria a primeira vez que temos os ninjas na forma humano, eles já estiveram presentes em Mortal Kombat 9, então tá tudo certo. E quanto a mudança de gênero das personagens, isso não altera absolutamente nada no gameplay, sendo bem divertido jogar com ambos os personagens. Só senti falta do gancho que Sektor possuía nos jogos anteriores
Por outro lado temos Noob Saibot que está simplesmente insano, sendo uma excelente aquisição a expansão. Posso dizer que os três personagens sem sombra dúvida agregam muito ao jogo, o ponto negativo é que não podem ser adquiridos fora da expansão, sendo necessário comprar a expansão fechada só para ter acesso aos personagens.
O gameplay dos três personagens são bem singulares, mas o de Noob Saibot é um dos poucos que ainda se assemelha ao que conferimos antes em MK11.
Grandes novidades?
Em Reina o Kaos é notável que o jogo melhorou muito sua performance no Xbox Series S, que é o console que pude jogar o jogo. Outro detalhe que senti melhora foi a velocidade do jogo, que agora está um pouco mais dinâmico e faz com que o gameplay flua muito melhor.
Posso dizer que o retorno do modo torre é sem dúvida outra novidade que realmente me agradou, pois o modo invasão segue sendo uma experiência quase torturante de se passar para conseguir cosméticos e execuções. Tem sim lá o seu desafio e até um público cativo, e a NetherRealm segue se esforçando em tentar tornar a experiência minimamente interessante, mas por enquanto não o conseguiu, infelizmente – É muito mais divertido investir tempo nas torres do tempo para conseguir os cosméticos e elevar o nível do personagem do que enfrentar os desafios do modo invasão.
Não temos grandes novidades, mas ao menos uma delas é sem dúvida uma das melhores adições que chega com expansão e de maneira gratuita: Animality. Sim, ainda continua divertido esse modo de executar o seu adversário, e ainda não deixa de ser bem nostálgico. A última vez que pudemos ver um Animality foi em Mortal Kombat Trilogy, então é um pouco empolgante realizar cada uma das execuções animais.
Konclusão
Depois de concluir Mortal Kombat 1: Reina o Kaos, ainda sigo com um gosto um pouco amargo por tudo o que a NetherRealm tem feito com o titulo. Por mais que cobrar um modo campanha decente e com um roteiro melhor pareça ser um tanto absurdo, não dá pra deixar de levar em conta que a série MK se tornou referência em seu modo campanha.
Se em Mortal Kombat X e Mortal Kombat 11 pudemos ter uma história que tem sim lá seus exageros, mas ainda é capaz de se costurar e levarmos nossa a atenção para algum lugar. O mesmo não acontece com Mortal Kombat 1: Reina o Kaos. Como disse algumas parágrafos acima, eles tentam nos levar para algum lugar, mas simplesmente não levam a ponto algum e tudo parece raso e quase mal escrito, visto nada faz sentido para o rumo que é construído em sua trama.
LEIAM – Yakuza: Like a Dragon (Yakuza 7) | Análise
O gameplay está um pouco melhor, de fato, o que é um ponto muito positivo para quem gosta de um jogo mais dinâmico. Notei que durante todas as lutas, raramente precisava fazer uso dos Kameos, mas quando os usava, notei está respondendo de maneira bem fluido a sua entrada durante uma cadeia de combos ou quebra deles. No mais, existe também um fator preocupante que é o preço da expansão que está saindo por R$229,99 no PC e R$249,90 nos consoles.
Tudo bem que ela oferece mais três personagens convidados, como o T-1000, de Exterminador do Futuro, Ghostface, de Pânico e Conan, o Bárbaro. Só que o valor ainda está um tanto elevado e restringir Cyrax, Sektor e Noob Saibot a expansão não melhora em nada a situação de Mortal Kombat 1 perante aos fãs, mas ao menos é conteúdo novo. Quanto mais conteúdo melhor, mas a que custo, hein.
Só nos resta torcer para que uma nova expansão traga ainda mais conteúdo e melhore a campanha, que infelizmente está uma bagunça no pior sentido.
Nota: 7/10
_____________________________________________
Mortal Kombat 1: Reina o Kaos está disponível para PC, Xbox Series S|X e PlayStation 5 e Nintendo Switch, e esta análise foi feita com uma chave digital de Series S|X gentilmente cedida pela Warner Bros. Games.