Metroland | Um dos runners infinitos já feitos
22/10/2024Se você tem um telefone celular, certamente em algum momento já experimentou algum desses jogos de corrida infinita, seja o horizontal Jetpack Joyride, ou verticais, como Sonic Dash. Um dos mais conceituados títulos do gênero, é o famoso Subway Surfers, lançado pela dinamarquesa KILOO, o título alcançou a impressionante marca de 2 bilhões de downloads. Em 2020, a manutenção de Subway Surfers fora passada para a SYBO Games, que havia co-desenvolvido o jogo com a KILOO.
Em 2022, a KILOO lançava o que se esperava ser um “runner infinito para a nova geração”, intitulado Metroland. Bom, não sei se o jogo foi bem sucedido financeiramente, pois em 2023, se a Wikipédia estiver correta, a KILOO demitiu todos os funcionários. E por incrível que pareça, os jogos da produtora não estão disponíveis no site oficial, com o mesmo sendo usado como um dos inúmeros sites de jogos online que você já deve ter ouvido falar.
Eu não saberia nada disso se a QUByte não tivesse anunciado um porte de Metroland para PC e consoles, que chegou ao mercado na última semana, pela módica quantia de 5 dólares (15 Reais no Steam, Switch e Xbox, 25 Reais no Playstation… Porque é lógico que os jogos no Playstation vão ser mais caros, eles sustentam a industria, de acordo com os fanboys com mais problemas mentais que DSTs contraídas pela A… Deixa pra lá.). Vamos a análise do jogo.
Como funciona
Logo de cara, assim que você boota o jogo, você é presenteado com uma tela lhe ordenando a correr, que é o tutorial do jogo. Sem vaselina, sem nada. E, só a título de comparação, o cenário me parece ter sido alterado em relação a versão mobile, que eu baixei a título de comparação. Fora isso, funciona como qualquer runner infinito que você deve ter jogado, mas substituindo os movimentos da touch screen pelos botões do direcional. Isso é meio que uma vantagem se você tem ojeriza a controles touch.
Você desvia de obstáculos, pula sobre eles, agacha pelo máximo de tempo possível. E como todo runner infinito, existe uma gama de power-up’s a serem coletados, que lhe dão coisas como velocidade extra (e resistência a pelo menos um hit), escudos, botas para pulo duplo, Jet Packs pra seções aéreas, magnetismo pra coletar moedas e por aí vamos. Todas as tropes de um jogo do gênero são utilizadas em Metroland, com a vantagem de não ter passes de temporada e ads a cada partida, já que todos os aspectos freemium monetizáveis foram removidos.
Ainda há alguns elementos no jogo em si, mas são elementos que não são intrinsecamente ligados ao modelo monetizável da versão mobile, você pode montar sua base, desbloquear personagens extras, comprar roupas a mais, melhorar a duração dos power-up’s com tokens adquiridos nas partidas. O jogo tem esse loop de gameplay pra manter o jogador voltando constantemente ao jogo, incluindo uma leaderboard global.
Esse loop simples também é um negativo, já que obviamente é o tipo de jogo que você joga entre um RPG enorme da Atlus e o próximo grande lançamento, ou aquele jogo que você joga pra descansar de outros jogos. Aqui no meu próprio caso, ele está entre minhas sessões de Unknown 9: Awakening e SINce Memories: Off the Starry Sky (spoilers dos meus próximos reviews).
Uma das coisas que não falei antes, então esse adendo vai parecer colocado as pressas, mas enfim… O jogo possui cenários que são desbloqueados conforme você vai jogando, não são fases diferentes, mas locais que aleatoriamente podem aparecer na jogatina após desbloquearmos.
A DESCULPA PARA JOGARMOS, VULGO, A PREMISSA:
Ah, meio que tem uma… Blá blá blá, futuro distópico, resistência versus opressores, então vou tirar do cu aqui algo em cinco minutos e essa será a nova história canônica de MetroLand, quer a QUByte aceite ou não (Spoilers: Isso é uma piada e não é pra ser levada a sério por ninguém com mais de dois neurônios fundamentais).
O terrível Doutor Cabelo bloqueou acesso das pessoas da República das Bananas a feira da fruta. Porém, frequentadores da feira da fruta descobriram que podem acessar a feira da fruta com o uso de guarda-chuvas.
Puto com isso, Doutor Cabelo instituiu prisão para aqueles que usassem guarda-chuvas para entrar na feira da fruta. E você, como parte de um grupo de frequentadores da feira da fruta que utilizavam guarda-chuvas, deve fugir dos agentes do Doutor Cabelo.
Pronto, história totalmente original e criada em cinco minutos, tirada do meu cu. E é a nova história canônica de MetroLand.
Marginalmente mais bonito que a versão de celulares
Os cenários de Metroland foram ligeiramente mudados com relação versão original… Ou talvez não tanto, mas a resolução maior e o maior campo de visão são uma boa vantagem em relação ao original.
Obviamente o jogo é um salto em relação ao Subway Surfers original, já que Subway Surfers é de 2012 e MetroLand apareceu em 2022, mas o visual é simples e limpo, ainda que genérico.
Será que um runner infinito tem espaço nos consoles?
No fim das contas, pesando todos os pontos, Metroland é só mais um dos runners infinitos, e não sei se esse gênero tem espaço nos consoles… Porém, considerando a grande quantidade de absoluto lixo lançada nos PCs e consoles, Metroland não é tão ruim quanto poderia ser. O preço baixo é convidativo, isso é um positivo. 5 dólares pra remover ads e uma resolução maior? Se você tem apreço por runners infinitos, por quê não? A todos os outros, é um dos runners já feitos na história, com a diferença de que foi criado pelos responsáveis por Subway Surfers, e publicado por uma publisher brasileira.
Nota final: 7/10
MetroLand está disponível para PC, Playstation 4 e 5, Xbox One e Series X|S, Nintendo Switch, iOS e Android. Esta análise foi feita uma cópia de PS4 cedida pela QUByte Interactive, e algumas horas da versão mobile pra efeitos de comparação.