AFFRAID | Seria Afraid ou Aff Raid?

AFFRAID | Seria Afraid ou Aff Raid?

23/03/2025 0 Por Geovane Sancini

Os animes que comecei a assistir uns meses atrás estão chegando ao fim, ou terminaram. Dragon Ball Daima terminou, essa semana terminou I’m Living with an Otaku NEET Kunoichi?, e Welcome to Japan, Ms. Elf e Red Ranger becomes an Adventurer in Another World devem terminar na semana que vem. E outros animes avulsos que peguei, já foram terminados, como Highspeed Étoile e Overtake já foram concluídos (Embora tenha sido confirmado uma segunda temporada de HSE). E caso me siga no twitter, deve ter percebido que também assisti a segunda temporada de Minhas Aventuras com o Superman, e foi ABSOLUTE CINEMA.

Minha relação com a série Resident Evil é na maior parte do tempo, indiferente. Não que eu desgoste, mas a série não está entre as minhas favoritas. Eu gosto dos jogos, joguei alguns deles, mas nunca terminei nenhum. O mais recente que joguei foi o Revelations 2, no PS3 ainda, eu até tenho o 6 e o primeiro Revelations no PC, mas não fui longe. Os remakes e remasters da série? Eu nunca joguei nenhum deles, Não é eu sendo caga regra ou escroto, é só que eu nunca tive a vontade de me aprofundar na série da Capcom.

Desenvolvedores solo é uma coisa que existe desde que o mundo é mundo no mercado de jogos, e continua até hoje. Já analisamos projetos que nasceram da mente de uma pessoa só, como o excelente Magenta Horizon, mas sabemos que não é só de bons jogos que se vive o desenvolvemento solo. Pra cada Iconoclasts que sai, são uns 30 Mineirinho. Claro, que nem todos os “Mineirinhos” da vida que saem são feitos ruins de propósito (ao contrário do Mineirinho, que parece ter sido feito pra ser ruim), alguns são reflexo da inexperiência do criador, outros, por limitação de engine e por aí vamos. O desenvolvedor do jogo da análise de hoje já deu as caras aqui em outro jogo, no caso, o limitado Action Fubuki. Dessa vez, ele pegou inspiração nos jogos da série Resident Evil para criar Affraid. (Ou seria Aff, Raid? Não, é Affraid mesmo, eu não sei onde queria chegar com essa piada).

Esse roteiro não faz sentido

Você é Nina, uma jovem top model que foi sequestrada por uma empresa farmacêutica maligna chamada MEDIO. A MEDIO sequestrou até 100 trabalhadores de rua com a cumplicidade do prefeito James Hugh e quer experimentar um novo creme que possa devolver a juventude aos seus clientes, eles o chamam de creme Venus.

A cientista-chefe é Alice RAUP e ela não teve piedade dos jovens trabalhadores de rua usados ​​como cobaias do programa NovoVenus. Eles perceberam em algum momento que a maioria dos sujeitos do experimento havia desenvolvido sintomas muito preocupantes. O protocolo de evacuação foi aplicado contra uma potencial perda de controle do edifício vinculado ao programa NovoVenus.

Okay, a MEDIO é basicamente a Umbrella, em conluio com um governo corrupto, mas… Somos uma modelo sequestrada e… Estamos fazendo a Limpa do prédio em favor ou contra a Médio? Sério, eu olho pra sinopse do jogo e tenho quase um aneurisma, talvez a estrutura da sentenças não seja boa, mas é…

Shooter Genérico

Uma das coisas que se nota no jogo, é que a performance do mesmo não é boa. A princípio achei que fosse só coisa da minha máquina (tem 4GB de RAM, o jogo pede 3 GB no mínimo), que já é velha e não aguenta metade do que aguentava quando eu comprei ela, (Aceito doações de notebooks que dêem pra usar sem travar), mas olhando vídeos do próprio desenvolvedor, as vezes a taxa de quadros do jogo dá aquela caída básica, em especial quando explosões estão em cena.

E o jogo funciona como os Resident Evils mais modernos (excluindo 7 e 8 que são em primeira pessoa, eugh), ou basicamente, um shooter com câmera no ombro, onde você tem que ir do ponto A ao B, matando monstros, coletando itens pra abrir portas e tentando entender o que caralhos está acontecendo. Os controles são fáceis de entender, mas nessas horas eu queria um mouse pra chamar de meu, porque jogar um shooter usando o touchpad do notebook é pedir pra ser corno puta paga de políico. Não sei onde queria chegar com essa analogia imbecil, mas me dêem um desconto, eu fui dormir quase 5 da manhã por causa do GP da China e são 10 da manhã agora que escrevo, então estou desnecessariamente cansado.

Ao menos tem customização

Uma das coisas que o jogo tem que posso elogiar é que você pode customizar a aparência da protagonista, incluindo coisas que jogos “modernos” como Dragon Age The Veilguard evitaram, o tamanho do busto da protagonista. (ainda que tecnicamente você tenha escolha do tamanho de busto, não dá pra fazer uma heroína peituda em Failguard… E as cicatrizes de remoção de seios que tem naquele flop SEQUER INTERFEREM NO TAMANHO DOS SEIOS, nem pra ir full woketard os caras vão). E sim, esse tipo de coisa é importante em customização, porque existem peitos de diversos tamanhos no mundo real, por mais que os esquerdistas loucos da Califórnia queiram dizer o contrário. Eu não queria ter que entrar nessa mini rant numa review de um jogo extremamente mediano, mas não pude evitar.

Voltando ao jogo, sim. Há customização, você pode fazer a protagonista mais ou menos como você queira. Cor de pele, olhos, cabelo, tamanho de seios (inclusive um dos vídeos do dev possui a hashtag T H I C C). Cenários e inimigos são passáveis, apesar da aparência de laboratório estéril do jogo. Lembrando, podia ser muito pior, como aqueles assetflips genéricos ou como Mineirinho, então as vezes eu aprecio a mediocridade de um laboratório genérico.

Uma das coisas mais hilárias do jogo em si, é quando a personagem rola pra esquivar, o cabelo dela decide assumir vida própria se mexendo para vários lugares. Sim, achei importante relatar isso, e caso você não saiba, uma das coisas mais difíceis do 3D é animar cabelos, a colisão é uma coisa muito filha da puta. Dito isso, não tenho comentários a fazer sobre a parte sonora. Não é que seja ruim, só não é memorável.


Eu amo jogos janky

Affraid tem o charme daqueles jogos que não são exatamente os melhores no que fazem, mas tentam assim mesmo. Afinal, mesmo que não consigam fazer o que o criador idealizou com perfeição, eles são sinceros e isso pra mim é o suficiente pra recomendá-lo, mesmo que ele tenha bugs ou glitches visuais. O roteiro é louco, a jogabilidade é passável e tem customização de teta.

Nota: 7/10

Affraid está disponível para PC através do Steam e essa análise foi feita com uma chave cedida pela Oedipe Games.