The Last Cube | Fritando neurônios pra salvar o Mundo
17/03/2022Esses dias joguei a demo do Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin. Olha, o jogo é basicamente Nioh com skin de Final Fantasy. Assim como o Persona 5 Strikers adaptou os elementos de Persona para um musou, Stranger of Paradise fez o mesmo. Quem jogou Nioh vai reconhecer a estrutura de missões, a jogabilidade, o sistema de upgrade de especialidades, e no geral a demo me deixou mais tranquilo que os trailers feitos por um edgy lord de quinze anos. For Fucks Sake, Square, Limp Bizkit? Sério?
LEIAM – Shaq Fu | Relembrando o polêmico jogo
Enfim, outra coisa que vocês devem ter notado, é a quantidade de puzzles que eu tenho jogado, Fluffy Cubed, What lies in the Multiverse, Broken Pipe… E o jogo de hoje é mais um do gênero. Eu sempre disse que nunca fui o lápis mais apontado do estojo, talvez pela minha falta de foco eu acabe ficando sem paciência, mas isso não me impede de tentar jogar e me divertir com puzzles. Só não me peça pra jogar picross, ou Sudoku… Ou Tetris. Tetris conta como puzzle? Aliás, eu até sei jogar um pouco de Tetris, só não sou bom.
Mas, enfim, nessa minha caça por jogos de puzzle para jogar, um jogo que chegou a mim, foi The Last Cube. Será que ele será o jogo que me fará desistir do gênero por conta do meu QI de 3? Descubra no review abaixo.
Restaurando o mundo cúbico, pouco a pouco
O seu planeta está a beira da destruição, por alguma merda de proporções bíblicas, sei lá, o ataque dos Felipe Netos ou o que quer que seja, mas o fato é… Seu planeta está morrendo, e você, o último cubo, precisa restaurar o mesmo, usando suas habilidades.
Sim, é uma premissa simples, como a de Broken Pipe, é só uma desculpa para você ir resolver os puzzles. E como essa seção do review ficou mais curta do que gostaria, vou comentar que o jogo possui tradução em português do Brasil, e graças ao bom Deus, não é a infame tradução atrelada ao idioma do sistema, o que significa que se eu quisesse jogar em inglês, era só ir no menu e trocar.
Uma coisa tão simples, mas que muito desenvolvedor não faz, mesmo em 2022. E olha, considerando que jogos AAA não fazem isso muitas vezes, é de cair o cu da bunda.
Adesivos do poder, para seus problemas resolver
Você controla um cubo e precisa ir do ponto A ao ponto B em 15 fases, mas para chegar lá, você precisa resolver os quebra-cabeças no caminho, usando certos poderes para ativar gatilhos específicos da fase. O seu cubo é capaz de absorver o poder de adesivos que precisam ser colados nos gatilhos pra abrir portas, ativar pontes, elevadores e todo tipo de coisas caóticas que os 5 mundos diferentes colocam em seu caminho.
Cada adesivo (de uma cor diferente) dá um tipo de poder extra que pode ser utilizado para auxiliar na jornada, seja um dash, ou girando o cubo (é mais importante do que parece), criando uma escada para descer ambientes altos separados por abismos, teleporte, a criação de um segundo cubo.
LEIAM – 77 jogos de Super Nintendo que joguei NO CONSOLE!
Tem elementos nas fases que vão apagar seus adesivos, no caso, os espaços do cenário com água, que apagam o adesivo que pisou lá, e os portais que apagam todos os adesivos, que na maioria das vezes indica que você está transicionando de uma seção da fase para a outra.
Durante as fases, você encontrará alguns coletáveis que a princípio estão no caminho, mas posteriormente estarão em locais onde você precisa pensar fora da caixa para pegá-los. Esses coletáveis não são obrigatórios para se terminar o jogo, mas eles desbloqueiam as fases extras e ao examiná-los, você aprende um pouco mais sobre a lore do jogo. E como maneira de estender ainda mais sua jogatina, após você terminar a fase, haverá a indicação de um desafio extra dela, que usualmente consiste de terminar a fase na condição X.
O jogo começa deveras simples, com os puzzles sendo óbvios, pra aclimatar o jogador ao controle, e quanto mais avançamos na aventura, mais adesivos adquirimos e mais complexos ficam os puzzles, terminando com um mega gauntlet de elementos vistos nas fases anteriores. E vou admitir, por mais que o gauntlet final não tenha sido tão difícil, alguns dos puzzles próximos do final, me deixaram pensando ali por 20, as vezes 30 minutos em um único puzzle.
A Simplicidade agrada
Graficamente, The Last Cube é simples, mas ao mesmo tempo impressionante. Obviamente o personagem é um cubo, não tem nada demais, mas as fases são impressionantes, em escala e até mesmo alguns efeitos. Não é nada a nível AAA, mas não deixa de ser impressionante o quão bonito é o mundo, em especial depois do fim do jogo.
A trilha sonora não se destaca tanto, mas não por ser ruim, ou esquecível, mas por literalmente ser pano de fundo na sua jornada, com temas calmos, dando uma atmosfera relaxante a sua jogatina.
Na teoria ele deveria ser curto, maaaas…
Na teoria, um jogo curto com 15 fases, mas na prática, The Last Cube vai pedir muito de você, é um jogo ao mesmo tempo calmo e desafiante, uma excelente pedida se curte usar a massa cinzenta. Recomendo totalmente.
The Last Cube está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One e Xbox Series.
—
Esta análise foi feita no PlayStation 4 com uma cópia digital do game gentilmente cedida pela Improx Games.