Re.Surs | Tre.tas Sobre.naturais
16/10/2023Eu não sei como começar esse artigo, porque honestamente, estou num limbo criativo. Mas tenho pensado bastante em que jogos colocar no meu artigo sobre jogos adultos, tem muita coisa boa e muita coisa que ficou fora do meu radar por um motivo ou outro. E o mesmo vale pra lançamentos de PC ou consoles, porque são dezenas ou centenas de jogos saindo no Steam e nas lojas online dos consoles todo santo dia.
As vezes você sabe de algum lançamento olhando na loja do seu console, ou no caso de criadores de conteúdo (seja imprensa ou Youtuber/streamer), existem plataformas que você usa para pedir chaves e algum jogo chama a sua atenção, seja pelas imagens, descrições, ou porque é um título grande.
Mas, entre pedir um jogo e recebê-lo, as vezes a rejeição ou pior, o silêncio chega. Porque pior que ter um pedido rejeitado, é ter o pedido ignorado. Tá, o que diabos isso tem a ver com o jogo, Sancini? ABSOLUTAMENTE NADA. Oh, well… Você gosta de Side scroll shooters?
Bem, o jogo de hoje pertence a esse gênero, e foi lançado originalmente em 2021 no Steam, pelo desenvolvedor ucraniano Vidygames, Re.Surs foi lançado na última semana para consoles, cortesia da Samustai, uma publisher localizada no Chipre. Será que ele vale a pena seu tempo?
Conspirações, demônios e outras coisas caóticas
Jessie Sullivan – uma detetive paranormal que trabalhou para a Re.Surs Anomaly Enforcement Administration (RAEA) em Modern-City. Numa noite fria, a Detetive Sullivan recebe uma mensagem do Superintendente, um colega de longa data.
A mensagem diz que houve um incidente terrível ocorrido no Distrito Social de Modern-City. Este incidente interrompeu o trabalho de um edifício de processamento vital do Re.Surs (a fonte perfeita de energia).
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Este acontecimento peculiar implicará a descoberta de um criminoso extremamente perigoso que pretende usurpar, no verdadeiro sentido da palavra, a paz precária em Modern-City assim como em todo o Continente.
Obviamente, esse é um sumário do começo do jogo, mas conforme avançamos, descobrimos que as coisas não são lá como parecem. Ao longo da jornada, conseguimos dois companheiros, cada qual vindo de um background diferente, e personalidade diferente.
Jogabilidade simples… Exceto a parte de Stealth
Em Re.Surs temos três personagens, a detetive Jessie Sulivan, o hacker Basil B e a arqueóloga Helga Hoft, cada um possui habilidades diferentes que podem ser utilizadas em combate ou em partes da exploração, para evitar obstáculos.
O arsenal começa simples, mas conforme se avança, novas armas são desbloqueadas. As armas tem em teoria, munição infinita, mas como todo jogo futurista, se você usar em excesso, a arma super aquece e você precisa esperar um período de resfriamento. Cada arma aquece em uma velocidade diferente e as mesmas podem ser trocadas com o toque de um botão. O combate do jogo em si é simples, e a progressão da maioria das fases é linear, com um puzzle de hackeamento ou outro surgindo de vez em quando.
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O problema é a etapa de Stealth, porque o jogo não fornece um indicador visual de onde é possível permanecer escondido, e onde você vai ser um alvo para os policiais. Isso irrita demais, se quer saber minha opinião… Pera, isso é uma análise, então é claro que é minha opinião. Os chefes em sua maioria, são sobre aprender o ponto fraco dele, o padrão e contra atacar. Dependendo do boss, você vai precisar ficar trocando de personagem (ou do HP dos seus personagens durante o combate), dando uma emoção.
O jogo tem um “modo easy” que não necessariamente diminui a dificuldade do jogo, mas sim começa a restaurar sua energia quando ela está abaixo de 20%. É opcional, mas ajuda bastante iniciantes, ou pessoas que não são boas no teclado… O que foi?
Eu tinha que testar a versão de PC pra saber como os controles funcionam no original, comparado com a experiência mais fluída de jogar com um joystick. Pelo menos é possível remapear as teclas no PC, ao contrário de Chipmonk!, jogo que analisamos outro dia.
Futuro distópico
O jogo em parte tem uma estética Cyberpunk, e conta com belíssimos cenários, apesar de alguns deles não são Cyberpunk em si (a pirâmide, por exemplo), mas isso não vem ao caso. Os cenários são a parte mais bonita do jogo. Os personagens em si, usam um estilo que remete aos sprites vistos em adventures antigos, sem tantos detalhes, o que é uma pena, comparando com os cenários.
A parte sonora do jogo é satisfatória, apesar de não ser marcante. Eu queria ter algo mais pra falar, mas o fato é que eu esqueci da trilha do jogo, mas ao menos os sons do jogo são convincentes, mesmo os poucos samples de voz que há.
Re.Comendo
Re.Surs é um jogo divertido, apesar de não parecer. Claro, tem seus problemas, mas a jogabilidade é sólida, o roteiro, apesar de um tanto previsível, é intrigante e tem uma boa ambientação e cenários. Comparando as plataformas nas quais o jogo está disponível, o Xbox é onde custa menos ao seu bolso, R$ 29,95, no Switch sai por R$ 39,25 e no PlayStation custa R$ 42,90.
Nota: 8/10
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Re.Surs está disponível para Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PlayStation 5, e esta análise foi feita com uma chave para PlayStation 4, cedida pela Samustai.