Penny’s Big Breakaway | Análise

Penny’s Big Breakaway | Análise

14/05/2024 0 Por Diogo Batista

Penny’s Big Breakaway é um daqueles títulos que surgem sem fazer grande alarde, e quando você o joga, fica surpreso de não ter mais pessoas falando do titulo.

O titulo foi desenvolvido pelo estúdio Evening Star, que também participou de Sonic Mania da SEGA, aqui eles nos é entregue uma experiência single player de plataforma 3D extremamente colorida e repleto de desafios, como nos platformers clássicos. E como tal, ele parte de uma premissa simples e direta em que Penny, a protagonista, está fugindo de um exercito de pinguins em seu encalço, após uma apresentação desastrosa na qual acabou acidentalmente embaraçando o rei de seu mundo.

O que você deve se perguntar é, mas como assim? Calma, eu explico, mas primeiro vista a sua melhor roupa e prepare-se para o concurso de talentos.

Créditos: Private Division – Take-Two Interactive

Tudo dá errado, ou quase

Enquanto Penny seguia rumo a uma audição para um show de talentos, mas se deparando com uma carretel de linha cósmico que acaba se fundindo ao seu Ioiô e assim, agora ele apresenta habilidades fora do comum. Enxergando isso como uma forma de conseguir ainda mais destaque em sua apresentação, que até dá certo, ela aperta o passo para o show de talento. Durante sua apresentação bem sucedida, o ioiô senciente decidiu atacar o rei  e o deixa quase nu em frente a uma plateia. Furioso, ele ordena que Penny seja capturada. É isso.

Simples e direto como Banjo – Kazooie enfrentando a Bruxa Gruntilda, com a diferença de que podemos dizer que a força motriz de Penny’s Big Breakaway está em seu gameplay, visto que falta certo carisma nas figuras que nos deparamos ao longo da partida.

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O que é um pouco triste, afinal, não consegui achar a protagonista carismática o suficiente. Talvez esteja sendo um pouco ranzinza demais, talvez, mas acho que podia ser qualquer outra figura no lugar dela, e ainda assim sua jogabilidade iria sobressair a trama bobinha. E apesar de existir algum esforço para criar carisma na personagem, pois ao fim de cada fase a Penny tem um minigame onde precisamos acertar os comandos apresentado na tela para que a manobra seja executada de forma correta e garantir mais pontos bônus, ainda não é o suficiente ou como se dá sua interação com os vilões, mas infelizmente ainda não é suficiente.

Creio que para o público infantil pode funcionar muito melhor, do que para um homem rabugento de 40 anos.

Créditos: Private Division – Take-Two Interactive

Um carrossel de emoções

Se existe algo que realmente não me agradou em Penny’s Big Breakaway, foi o design dos personagens. Por mais que eu entenda ter sido uma escolha artística, ele dá a impressão de algo inacabado. O que não dá pra dizer dos cenários que conseguem ser belíssimos, principalmente os das fases mais avançadas.

Enquanto você está saltando e realizando acrobacias durante as fases, tudo isso é passável, mas ao término  de cada uma delas onde temos a aproximação do personagem no minigame de apresentação, você olha e pensa: É, isso não tá tão legal.

Obviamente isso é uma opinião muito particular, pois creio que para o publico infantil isso é totalmente passável. Joguei ao lado do meu filho e ele adorou tudo, mas se você é um pouco mais crítico, certamente pode vir a torcer o nariz. Só que não tenha isso como um impedimento para a aquisição de Penny’s Big Breakaway, pois se carece de carisma no design dos personagens, ele transborda diversão no campo da jogabilidade.

Créditos: Private Division – Take-Two Interactive

Uma jogabilidade que cativa

Penny’s Big Breakaway conta com onze cenas que são dividas por 2 a 4 fases, além de fases bônus e sete chefes ao todo. Nas fases bônus conseguimos porcas (aquelas de parafuso) e também encontramos algumas pelo cenários. Elas são essenciais para desbloquearmos globos no menu de fases e assim completar fases secretas e respectivamente seus chefes.

Cada fase conta com uma temática envolvendo algum elemento e vai ficando mais difícil a medida que se avança, e por sorte as mortes geram um respawn rápido, o que torna as jogatinas extremamente dinâmica. E aqui entra o pulo do gato de Penny’s Big Breakaway, pois as habilidades de Penny são extremamente precisa.

Não houve uma vez sequer em que eu não tenha morrido muito mais por desespero, seja por conta dos pinguins me cercando ou pulando sem avaliar o obstáculo a minha frente. Ouso dizer que as habilidades da personagem nos dá boa vantagens, visto que podemos travar o Ioiô no ar e usá-lo como pendulo e depois dar um salto giratório para alcançar uma área mais alta, ou mesmo caso erre um pulo, se atirar o ioiô para frente e pressionar mais uma vez, Penny se lança para a frente.

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Essas ferramentas que temos a disposição torna as jogatinas incrivelmente rica, porque apesar de existir os desafios, você pode buscar formas de superá-los. Um outro facilitador é lojinha onde podemos comprar bônus para Penny, um deles concede um resgate caso você caia em algum buraco, outros são mais amplificadores de pontuação.

Também contamos com algumas missões paralelas, se é que podemos chama-las assim, onde auxiliámos moradores locais, seja para derreter uma manteiga ou levar um lanchinho para algum operário. Isso contribui para o aumento de bônus na apresentação final. Cada fase conta com um número X de moradores para ajudarmos.

Créditos: Private Division – Take-Two Interactive

Uma trilha para ouvir e ouvir várias vezes

A trilha sonora de Penny’s Big Breakaway é encantadora e consegue nos empolgar por diversos momentos, o que torna toda a jogatina, mesmo aquela onde você não consegue chegar ao outro ponto porque insiste em fazer o caminho errado, um momento de puro prazer.

Essa pedrada em nossa alma foi composta por Tee Lopes e Sean Bialo, dois artistas experiente e que também fizeram trabalharam na trilha sonora de Sonic Mania, Sonic Superstars, Double Dragon Gaiden entre outros. É absurdo como tudo funciona em termos musicais aqui.

Você pode conferir a trilha sonora completa no YouTube direto do canal da Evening Star, vale a pena.

Conclusão

Penny’s Big Breakaway consegue entregar uma ótima experiência para aqueles que são apaixonados por jogos plataformas, e não só isso, ele também entrega uma baita trilha sonora que vai nos cativar durante toda a jogatina.

Ele obviamente não está livre de problemas, alguns deles ocasionado por sua câmera que as vezes não acompanhava a Penny e acabamos desorientados. O que ocorreu pouquíssimas vezes ao longo da minha jogatina. Outro aspecto que me pegou um pouco foi a dificuldade na luta contra os chefes que não são lá muito complexas, o que ao meu ver tenha sido outra escolha para tornar ele muito mais acessível.

Penny’s Big Breakaway é um titulo que se vende muito mais fácil para uma criança do que um adulto de 40 anos se olharmos para o lado estético, e não vejo isso como um demérito. Ele me agrada em todos os outros pontos importante, mas poderia ter sido muito melhor nesse departamento, convenhamos.

A ausência de personagens carismático talvez seja algo que possa ser consertado em um próximo jogo, talvez. O ioiô que é o coadjuvante aqui acaba sendo muito mais interessante do que a própria Penny, afinal, ele é quem nos permite todas as manobras e execuções de ataques e etc…

No mais, apesar disso ainda consegue ser um jogo tremendamente divertido para se jogar sozinho ou com seus filhos, e passar pelas fases executando manobras é muito divertido. Com toda a certeza eu espero que Penny’s Big Breakaway venda o suficiente para garantir sequencias ainda melhores.

O jogo encontra-se disponível no Xbox Series S|X, PlayStation 5, Nintendo Switch e PC.

Nota Final: 8.5/10

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Esta análise foi feita com uma chave digital de Xbox Series S| X cedida gentilmente pela Take-Two Interactive.