Mika and the Witch’s Mountain | Análise

Mika and the Witch’s Mountain | Análise

05/09/2024 0 Por Diogo Batista

Gosto de pensar que os desenvolvedores indies são como os pulmões da indústria de jogos modernos, pois enquanto estúdios grandes injetam milhares de dólares em jogo AAA e replicam a mesma fórmula que fez sucesso 15 anos atrás, os indies procuram seguir o caminho contrário.

Acabamos por vezes nos deparando com títulos que tentam resgatar algum gênero esquecido, como plataforma, ou mesmo inovar, como é muito comum em alguns títulos publicados pela Devolver Digital que trouxe ao mundo Hotline Miami entre tantos outros.

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De um modo ou outro, no fim do dia, somos nós os consumidores que ganhamos com esse cenário indie fervilhando de novas ideias, pois acabamos encontrando com jogos como Mika and the Witch’s Mountain, onde o seu objetivo é se encantar e relaxar realizando pequenas entregas em um universo composto por figuras carismática e um design agradável.

Bem, me acompanhe e vamos desbravar esse reino fantasioso das entregas.

Reprodução: Chibig

Quase uma obra do estúdio Ghibli

Mika and the Witch’s Mountain foi desenvolvido pelo estúdio Chibig, também responsável por um jogo de características adoráveis, Summer in Mara de 2020. O titulo tem uma premissa simples e vai direto ao ponto nesse quesito, onde a protagonista Mika está indo para uma escola de feiticeiros, e de lá é atirada do lato de um penhasco e tem a vassoura mágica quebrada.

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Uma vez em solo e próximo a um vilarejo, Mika terá que se provar que é uma feiticeira voltando ao topo da montanha em que foi empurrada e se provando ser uma bruxa, mas para isso dependerá da realização de entregas para ganhar dinheiro e melhorar a vassoura, a medida que vai conhecer as figuras que compõem aquele vilarejo.

É quase impossível não pensar em uma animação do estúdio Ghibli logo nos primeiros minutos de jogo, alias, quem assistiu ao excelente “O Serviço de Entregas da Kiki (1989)” vai ter essa mesma sensação. Quem assistiu com toda a certeza vai gostar.

Reprodução: Chibig

Gameplay

O que mais encanta em Mika and the Witch’s Mountain é a sua simplicidade, que diferente dos demais onde precisamos de tutorias longos e as vezes cansativos, aqui ele consiste aprender a usar a vassoura e saltar com ela. No caso a vassoura tem a capacidade de planar e permitir que você alcance lugares mais altos devido aos tuneis de ventos espalhado por toda a ilha.

Uma vez que você entenda isso,  basta começar a realizar as entregas e sem danificar o objeto que você leva. No caso, esses objetos possuem pontos de vidas que são ilustrados por corações, e quando ele é danificado e perde todos os corações, ele volta ao deposito e você precisa retornar até lá e começar de novo.

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Durante os trajetos é possível encontrar alguns coletáveis e conhecer mais daquela localidade, realizar serviços adicionais de entrega para moradores, e tudo isso gera uma avaliação ao final da entrega, o que reflete em menos ou mais dinheiro para Mika. E isso nos leva a vassoura que a medida que a melhoramos, podemos carregar mais itens entre outras melhorias.

Podemos dizer de maneira bem tranquila que Mika and the Witch’s Mountain foi pensado para ser um jogo ameno, daquele que você investe tempo quando quer relaxar com algo menos complexo.

Uma trilha sonora para relaxar

O trabalho sonoro de Mika and the Witch’s Mountain é algo que realmente merece destaque, pois ele realmente transmite um clima de paz e mescla perfeitamente com o ambiente ao redor da protagonista.

Durante os diálogos não temos voz, apenas algumas vocalizações que nos dá uma noção da emoção dos personagens quer transmitir juntamente com a animação. E posso dizer com toda a certeza que as cenas animadas, assim como sua introdução, são simplesmente belíssimas.

Reprodução: Chibig

Conclusão

Mika and the Witch’s Mountain é uma agradável experiência e apesar de curta, pois pode ser concluído em até 3 horas se você enrolar explorando todo o cenário, é aquele jogo que vai cair como uma luva se você procura um jogo para desligar um pouco a cabeça e só relaxar em frente a TV enquanto está largado no sofá. – No meu caso foi com o Nintendo Switch na mão.

Jogando no Nintendo Switch eu não tive qualquer problema, seja no modo portátil ou no modo dock, e apesar do loading inicial ser um pouco demorado, a partir do momento que carrega ele carrega, você verá outro tão cedo. Se ganha o mundo para explorar pelo tempo que quiser.

Outro coisa bacana é que Mika and the Witch’s Mountain está localizado em português, e isso é algo que sempre me deixa bem contente. Único ponto negativo é que o titulo tem pouco conteúdo, mas espero que isso possa solucionado com futuras expansões.

Nota: 7/10

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Esta análise foi feita com uma chave digital para Nintendo Switch cedida gentilmente pelo distribuidora do jogo.