Sonic Generations | Análise Retro
23/10/2024Eu já havia zerado Sonic Generations há um tempão no PC, e agora, chegou em minhas mãos a versão de PS3 (sim, comprei um jogo que já havia zerado, me processe, porra!) . E o que de diferente ela tem pro PC? É o que veremos.
A história de Generations é simples e pode até ser considerada bobinha dependendo do grau de ceticismo do jogador, mas se quer saber a minha opinião, ela cumpre exatamente o seu objetivo de ser a mola propulsora dos eventos do jogo.
LEIAM – The Bouncer | Análise Retro
Uma ameaça sem precedentes paira sobre o universo de Sonic e ela atende pelo nome de Time Eater, uma criatura que durante a comemoração dos 20 anos de Sonic, sequestra os amigos de Sonic e causa uma ruptura no tempo-espaço permitindo que os seres de duas épocas (Sonic Clássico e Sonic Moderno) interagissem, mas isso só é descoberto por eles após os dois Sonic’s se encontrarem antes de Sonic encarar o Death Egg Robot. A partir daí, os dois tem que encarar desafios de tirar o fôlego.
A versão do PlayStation 3 tem uma desvantagem, mas em troca tem uma vantagem. Se por um lado, você não terá o visual extremamente estonteante do PC (Caso rode no super ultra hiper mega puxa puxa/ Como diria o Sr. K), por outro, você não vai precisar se dar ao trabalho de configurar resolução ou qualidade gráfica (pra quem é leigo no assunto, é uma mão na roda). E ainda assim você terá um visual ótimo (com suporte até 1080p sem perda de frames), que mesmo você tendo aquela TV de Tubão dá pra aproveitar de boa.
A VERSÃO DE PS3
Sonic Generations tem um total de nove estágios, divididos em dois atos cada um, um jogado pelo Sonic Clássico e um pelo Sonic Moderno, e cada um deles tem mecânicas diferentes que podem ser aperfeiçoadas ao longo do jogo. Após completar as três primeiras fases (Green Hill, Chemical Plant e Sky Sanctuary), o Skill Shop é desbloqueado, e nele, com os Skill Points adquiridos nas fases (Que dependem dos fatores ranking e pontuação nas fases) algumas habilidades extras e coisas a mais podem ser conseguidas, como Escudos, vidas extras, e outras coisas mais. A maioria deles pode ser equipado antes das fases no menu de Skill Set.
Esse tipo de coisa, qualquer jogador autodidata poderá aprender com extrema facilidade, a coisa é mais difícil de explicar do que de jogar. Cada fase, como disse no parágrafo anterior é jogada em dois atos, cada um com cada era do Sonic. O padrão do jogo é Act 1 para o Sonic Clássico e Act 2 para o Sonic Moderno, mas com exceção de Green Hill, eles podem ser completados em qualquer ordem.
LEIAM – Dragon Ball: Sparking! Zero | Análise
No Act 1, temos a jogabilidade que consagrou Sonic no Mega Drive e como o design de fases caprichou, existem as famosas rotas alternativas que tanto usávamos no Mega e a sensação de exploração permanece a mesma, embora muitas vezes (em certos casos) não dê para voltar atrás num caminho, embora isso seja o que garanta o fator replay. Aqui, tudo o que você possui são os pulos e o Spin-Dash (que além do comando clássico, há um atalho Quadrado) e após adquirir os escudos no Skill Shop e equipá-los, você pode ativar até 2 por fase com o triângulo.
A jogabilidade está praticamente impecável, entretanto, de início é um pouco estranho controlar o Sonic Clássico, mas após alguns minutos você se acostuma com uma facilidade incrível. Os inimigos estão bem espalhados, mas o que mais interessa aqui é que os estágios da era pós Mega Drive estão muitíssimo bem representados no estilo 2D e Seaside Hill por exemplo, ficou particularmente bonita em 2D.
No ACT 2
Já no Act 2 de Sonic Generations, a coisa funciona como os Day Stages de Sonic Unleashed e as fases de Sonic Colors. Com uma câmera fixa, velocidade a toda e obstáculos colocados lá, além das transições de 3D para 2D. Homming Attacks estão lá (como em Unleashed nas versões PS2/Wii, com dois pulos), boosts (indispensáveis em alguns trechos) aquela famosa escorregadinha (pra passar por lugares baixos), o Quick Step (que funcionam com os L1 e R1), além do Drift que ficou meio estranho nos gatilhos esquerdo e direito dos botões de ombro e funciona um pouco diferente do visto em Unleashed.
As fases tem um ritmo empolgante, mas nas primeiras vezes em que jogar, vá com cautela para não cair no abismo. Os trechos 2D dessas fases, tem um ritmo que varia entre o cadenciado e o veloz (visto na série Rush). Conforme o jogo avança, habilidades como o Light Speed Dash, o Wall Jump e o Stomp são apresentados, e se descobre que eles podem ser utilizados nas fases anteriores, dando assim, uma maior dinâmica as partidas.
Além dos estágios, há as batalhas contra chefes, que representam momentos chave na carreira de Sonic, como a batalha contra o Death Egg Robot, que tem um esquema diferente da original (e tem argolas). E também há as Rival Battles, aonde deve-se enfrentar alguns dos rivais de longa data do ouriço, e os desafios, que além de serem cruciais para o prosseguimento da história (deve se completar ao menos 1 de cada fase e coletar uma das chaves) podem aumentar a vida útil do jogo.
Os desafios, consistem em chegar ao fim da fase cumprindo alguma condição que envolve tempo e outras coisas, ou uma corrida contra um ghost, às vezes tendo a ajuda de algum aliado em um trecho. Eles são realmente legais, aquele desafio do Sonic classico com o Skate foi bem divertido. Outra coisa que tais desafios (que podem ser feitos com o Sonic classico ou Moderno (há desafios diferentes para ambos) dão, são um Sino que tocado, libera uma nota musical que ao ser pega, libera algum extra (artwork ou música). Aliás, nas fases há estrelas vermelhas a serem encontradas, que liberam extras da sala de arte. Extras esses que são legais a beça, como artes conceituais das fases ou dos jogos anteriores.
OS BÔNUS
Outro bônus que pode ser adquirido no Skill Shop de Sonic Generations, exclusivamente nas versões de Console, é o Sonic 1 original. E caso você tenha terminado o jogo, pode estender a vida útil dele indo em busca dos troféus do jogo, ou refazer as fases com a possibilidade de se transformar em Super Sonic (O que é bem divertido).
A SEGA em 90% dos casos, sempre cria obras de arte no Departamento musical. Isso é um fato que nunca muda. Os remixes dos temas foram muito bem executados e caso você seja um aficionado pelo Sonic, encontrará diversas músicas de outros jogos da série, como Sonic 3D Blast, Knuckles Chaotix e Sonic 4, além de um Jingle de Sonic Adventure que não foi utilizado em seu jogo original.
A clássica “Escape From The City” e a Icônica “Open Your Heart” estão lá com novos arranjos e no caso de Escape from The City (versão classic), novos vocais, com a voz de Alex Makhlouf (tecladista e back vocal da banda de Synthpop “Cash Cash”). Alex também rearranjou algumas das músicas da trilha do jogo, junto com Jun Senoue e cantou “Super Sonic Racing” na versão contida na trilha do mesmo.
Destaco aqui, as versões Classic de “City Escape”, “Rooftop Run” e “Planet Wisp”, além da versão Modern de “Chemical Plant”, mas não que as outras músicas do jogo sejam ruins.
CONCLUSÃO
A dublagem de Sonic Generations também está ótima, apesar de não ter tantas falas, os dubladores desempenharam seus papéis melhor que os anteriores (que vieram de Sonic X para os jogos pós Sonic Heroes) e é possível mudar a língua das vozes para outra, caso queira conferir a dublagem japonesa, espanhola ou francesa. Efeitos sonoros do jogo também agradam, embora apenas cumpram seu papel.
Finalizando, Sonic Generations, mesmo após quase quatro anos de seu lançamento ainda vale o dinheiro investido. É um jogo divertido e presta tributo ao que de melhor teve na Saga do Ouriço Azul. E ainda aproveita pra tirar sarro de si mesmo em algumas situações.