Thumb Tanks | Análise

Thumb Tanks | Análise

07/12/2024 0 Por Geovane Sancini

Meu, a Atari, apesar de muitas coisas imbecis feitas nos últimos anos, tem mandado bem em algumas divisões. Primeiro, com as aquisições de estúdios de qualidade, como a Digital Eclipse e o Nightdive Studios, que tem colocado produtos de qualidade para fãs retro, com coletâneas como Atari 50 e Tetris Forever, e remasterizações excelentes como Star Wars: Dark Forces e The Thing. Além de produtos como o Atari VCS (que eu mesmo tinha duvidas de que sairia, dadas as encrencas que a Atari se meteu no fim dos anos 2010, aquele “fundo” de investimento que foi um fiasco não me deu confiança, e que não passa de um computador da Atari, mas que chegou ao mercado, ao contrário do Amico da Intellivision…), e os lançamentos do Atari 400 Mini e o novo Atari 7800 +, que saem um pouco da mamação de bolas que a Atari fazia com o 2600.

E, como parte das comemorações dos 25 anos da franquia RollerCoaster Tycoon, a Atari lançou ontem de surpresa, um porte para Nintendo Switch de Roller Coaster Tycoon Classic, título que primeiro aparecia no Android, muitos anos atrás e que depois fora lançado para PC. Isso marca o primeiro porte de consoles do primeiro do primeiro RollerCoaster Tycoon desde a versão do Xbox, e o primeiro porte de consoles de RollerCoaster Tycoon 2, já que RCT Classic contém conteúdo dos dois jogos. Ainda que não seja tecnicamente a primeira vez que esses jogos se tornaram jogáveis no Switch, ja que anos atrás, um fã portou o Open RCT 2 para o Switch, mas agora é possível ter o RCT original de maneira oficial.

Apesar disso tudo, essa é apenas a minha tangente habitual antes de falar do jogo de hoje, porque reclamar do calor infernal do Rio é quase uma constante. Enfim, o título de hoje é um raro título que não pode ser jogado por apenas uma pessoa. Não sei se vocês sabem, mas eu sou totalmente averso a jogos multiplayer, MMO’s, ou mesmo modos online de jogos (tanto que na minha análise de Songs of Silence, sequer mencionei que o jogo tem multiplayer online). Mas, como jornalista honesto e íntegro (eu sei, colocar jornalista e honesto e íntegro numa mesma sentença é uma piada pronta), preciso deixar meu viés anti-multiplayer de lado e fazer uma análise imparcial de um jogo que só possui multiplayer.

E o jogo de hoje é um título singelo, Thumb Tanks, que coloca mini-tanques de guerra para guerrear entre si. E deve ser uma análise curta, porque é um título deveras simples.

Diversão local e variada

Você tem dois modos de jogo, Jogo Rápido ou Partida Customizada, na Customizada você tem vários tipos de partida, típicos de Multiplayer, como dominação, Death Match, Death Match dentre outros, cada modo com uma explicação rápida sobre o tipo de partida e um setup para a jogatina, com número de rounds, duração, condições, medalhas, habilidades especiais, chances de crítico, entre outros. Se eu parasse para explicar cada um nos mínimos detalhes, eu só estaria estendendo essa análise de maneira artificial, No modo de Partida Rápida, você é mandado direto para uma Deathmatch, podendo definir o número de Rounds.

Após os jogadores entrarem na partida, pode-se gerar diferentes mapas e escolher se o cenário se passa de dia, de noite, ou em um vulcão. Antes da partida começar, o jogador pode escolher o tanque que irá jogar, representando um país, não é apenas uma escolha estética, já que cada tanque possui habilidades únicas, então vai do jogador testar os tanques diferentes para saber qual deles se adequa melhor. Claro, que pra um jogo simples como Thumb Tanks, as diferenças de habilidade não são gritantes, mas ainda assim, a variedade é legal.

Os controles de Thumb Tanks são um pouco intimidadores para um jogo tão simples, com tiro, habilidades especiais, minas, como um Twin-stick shooter. E as coisas são especialmente avassaladoras no começo, mas quando ficamos habituados aos controles, as coisas fluem bem… Exceto quando se joga no teclado, porque aí as coisas parecem AINDA MAIS INTIMIDADORAS. Mas no geral, tudo funciona como uma máquina bem lubrificada. Uma coisa a lembrar, é que o desenvolvedor recomenda

Porém, nem tudo são flores, já que o jogo não tem modo single-player, seja um modo de prática ou luta contra bots. O criador do jogo disse que não há planos para adição de bots, mas um modo single-player para treinos planejado para o futuro. Mas é aquilo, PLANEJADO e FUTURO, eu estou analisando o que tem agora, e agora não tem um modo single-player a ser jogado.

Gráficamente casual e trilha funcional

Aqui, começaremos com uma crítica novamente, porque nas opções, há somente duas resoluções, o que… Não sei, deixa as coisas meio estranhas. Dito isso, pela screenshots, dá pra se perceber que Thumb Tanks passa uma pegada casual, mas é engraçado ver os tanques de guerra representando países. Obviamente, o jogo foi feito pra multiplayer, então os gráficos precisam ser mais simplórios para acomodar o mesmo mapa renderizado duas, três ou quatro vezes na mesma tela, e é um jogo feito por uma pessoa só. O que temos aqui, é aceitável.

A trilha sonora é funcional, apesar de não ser marcante. Casa muito bem com a loucura casual de Thumb Tanks.

Bom pra jogar com os amigos

Vou ser direto. Thumb Tanks é um jogo para ser jogado com amigos apenas. Se você não curte jogos multiplayer locais, nem compre. Juntando os prós e contras, talvez numa promoção, porque pagar 33 Reais num jogo sem single-player… Ainda assim, é um bom jogo pra uma tarde com seus amigos.

Nota Final: 7/10

Thumb Tanks está disponível para PC, e essa análise foi feita com uma chave de steam fornecida pelo desenvolvedor, Thumbcramp