Death Elevator | Atire, Morra, Repita, Melhore, Sobreviva
07/12/2024Fim de ano, coisas acontecendo e é claro, o grind de ano do Sancini continua. E chegou o calor de fim de ano que todo mundo, exceto pessoas de mal caráter gostam, e muitas coisas terminando, como os Campeonatos de Fórmula 1 e 2, o Campeonato Brasileiro e a minha paciência com gente emocionada. Você sabe a que tipo de gente me refiro, a turma do twitter (alguns migraram pro Blue Sky) e tudo o que fazem na internet é gritar.
Bicho, esse povo é insuportável, ao invés de ter uma discussão saudável, tratam quem discorda deles como o absoluto inimigo. Você não gostou do RPG AAA genérico com péssimos diálogos e combate medíocre? Certamente você é todo ista e fóbico sob o sol, que odeia representatividade. Tem uma personagem negra num beat’em up? É LACRE, DEI DETECTED, SE NÃO CONCORDA É GADO. Você reclama de censura desnecessária num jogo? PARA DE BATER PUNHETA PRA PIXEL NUMA TELA, SEU INCEL!
Porra mano, vai tomar no cu e querer mandar na vida dos outros, isso tá me dando dores de cabeça por meses já, pessoal dos dois lados da guerra cultural gritando feito sopranos. Isso porque não falamos dos boiolas que em pleno 2024 AINDA FICAM NAS CONSOLE WARS. Bicho, tu não tem mais 12 anos em 1995, gamer já é desprezado em geral, mesmo com a indústria de jogos tendo mais lucro que quadrinhos e hollywood, ainda quer ficar brigando entre si por empresa bilionária? VAI TOMAR NO SEU CU.
Sim, minha tangente inicial foi longa, e vai ser uma mudança brusca para falar do jogo, mas é algo que eu preciso tirar do peito. Anyway, no final do ano passado, o desenvolvedor solo Fernando Tittz lançou no Steam o jogo de tiro com elementos de roguelite Death Elevator. E agora, um ano depois, o jogo foi portado pela QUByte para todos os consoles do Mercado. Será que ele vale a pena, ou morre feito minhas tentativas com a cremosa?
A saída fica no topo
Você é um agente secreto, chamado Adalberto, que trabalha para o governo de NUMINTERESSA. Após uma missão na embaixada de NUMÉDASUACONTA, você roubou documentos importantes que provam que o governo de NUMÉDASUACONTA está fazendo experimentos sobre como produzir especiais de TV da Amy Schumer em massa, coisa que é considerada um crime de guerra. Sendo assim, Adalberto precisa subir o prédio da embaixada de NUMÉDASUACONTA e lá, um jetpack lhe espera para fugir.
Porém, para lhe impedir, muitos soldados estão postados na embaixada, para chegar ao topo, você precisa subir os elevadores… Sim, eu tirei o roteiro do cu, porque a história de Death Elevator é propositalmente vaga e cabe ao jogador interpretar os fragmentos de lore disponíveis em certos níveis do jogo. Então eu decidi chupinhar a base de Elevator Action pra fazer o meu roteiro satirizado…
Apesar de que eu acho que produção em massa dos especiais da Amy Schumer deve ser considerado crime de guerra no mundo real… Mas isso é assunto pra outro dia, entretando, Ah, Amy Schumer… Como você decaiu… No passado, você era uma gostosa que roubava piadas de outros comediantes, hoje você não passa de uma insuportável, sem graça e gorda.
Loop delicioso de morte e aprendizado
Não é preciso mutio para explicar como Death Loop funciona. Em termos de controle, tudo funciona como um FPS absolutamente normal, que estamos acostumados há uns 20 anos. Agora, o loop de gameplay… Você começa numa sala de cooldown, parecida com um escritório, onde pode coletar uma pistola (com munição infinita), mas se explorar um pouco a sala, outras armas podem ser encontradas nessa sala. E o jogo começa de vez quando você entra no elevador e sai no andar seguinte.
Nos andares seguintes, você precisa matar todos os inimigos que estão naquele andar, assim que você matar, ouvirá um sinal do elevador, permitindo o avanço para o próximo andar. Mas, dar uma de rambo não é a solução, posicionamento e precaução são essenciais, pois UM TIRO e você morre. Felizmente, você tem sentido aranha e o jogo desacelera quando você está em perigo, podendo desviar da bala, deixando assim o jogo mais justo (MAIS UMA VITÓRIA DO JOGO JUSTO). Não se engane, você vai morrer muito, aprendendo a cada partida, o jogo tem esse looping de tiroteio, morte e mais uma tentativa. Isso é o que torna Death Elevator tão fascinante. Uma tentativa pode durar 10 segundos ou 10 minutos.
Felizmente, o desenvolvedor de Death Elevator teve BOLAS DE AÇO, e não colocou muitas das coisas que ultimamente devs colocam em seus jogos só pra dizer que tem, então nada de árvores de habilidade, sistemas de progressão, esse tipo de coisa. Ainda que meu lado pereba de FPS implore por um sistema de checkpoints, não faz parte da proposta de Death Elevator, e eu aprecio o jogo por isso.
Gráficos e sons
A Trilha sonora do jogo é boa. Nem todas as músicas são bangers óbvios, minhas favoritas são “As The DoOr Opens”, “ReDive”, “Urban Guts” e “Tropical Polygonz”, as músicas tem uma pegada meio techno que contribuem para o frenesi da jogatina. Altamente aprovado.
Graficamente, ele é meio minimalista e limpo, com modelos simples e alguns dos objetos são em apenas uma cor. Novamente, para um jogo feito por uma pessoa, são bem satisfatórios.
Recomendo, e é claro…
Se recomendamos Death Elevator? Sim. É um jogo curto que tem um ótimo loop de gameplay, e tem um preço justo em QUASE todas as plataformas, exceto aquela que estamos manjados de falar que é a mais cara. O jogo sai por R$ 24,90 no Steam, R$ 29,95 no Xbox, R$ 29,99 no Nintendo Switch e R$ 53,90 no Playstation.
Nota final: 9/10
Death Elevator está disponível para PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One e Xbox Series X|S, e essa análise foi feita com uma chave de PS4 fornecida pela QUByte.