Woodle Tree Adventures Deluxe | Ou deveria dizer Delixo?
28/08/2020Há muito tempo atrás, quando eu ainda tinha esperanças no twitter, fazíamos piada a vontade sem aparecer um iluminado querendo te processar ou fazer com que você perca o emprego e no geral nos divertíamos porque a internet era uma boa distração da merda cotidiana, eu me deparei com um jogo índie chamado Woodle Tree Adventures, no PC.
O jogo é um platformer 3D que tenta evocar a nostalgia dos tempos de Nintendo 64. Eu odiei o jogo, lembro que na crítica que escrevi na minha conta do Alvanista dei 2/10 pro jogo.
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Agora, ele chegou aos consoles, com o nome de Woodle Tree Adventures Deluxe. Será que alguma coisa melhorou desde a versão original? Ou será que continua tão ruim quanto aquela coisa lá que saiu pra PC?
Venha comigo e descubra.
Salve a Árvore Sedenta
Uma árvore que se assemelha muito a Grande Árvore Deku de Zelda, que vou chamar aqui de Teuku diz que o mundo está começando a secar e são necessárias gotas mágicas para restaurar a ordem.
Você, um cotoco de árvore saindo não sei de onde, é escalado por Teuku para encontrar essas gotas mágicas e salvar O MUNDO. Ou algo do tipo.
Não que precisemos de motivação para todos os jogos, mas a introdução do jogo é contada de maneira tão desinteressante que você mal percebe que ela terminou.
Eu queria enrolar por mais umas duas linhas para deixar o review mais recheadinho e parecer que eu coloquei vontade nesse texto, mas o jogo é tão raso que não dá pra fazer isso e… Peraí, passaram duas linhas. Sou um gênio incompreendido.
Mediocre at best, Ruim at worst
Woodle Tree Adventures é um platformer 3D, no qual se deve encarar seis fases, recolher três gotas e levá-las ao fim das ditas fases. Existem frutinhas que podem ser coletadas nas fases, essas frutinhas podem abrir as fases extras e comprar upgrades para a sua arma, uma folha.
O design das fases não é lá muito inspirado, e os inimigos também não tem inspiração. Isso não seria nenhum problema, se os controles não fossem lamentáveis.
A movimentação é um tanto escorregadia, o alcance da folha padrão é ridículo e os inimigos te dão 1 hit-kill. O sistema de check-points é confuso, já que muitas vezes, morrer num check-point pode te mandar para o anterior.
A câmera do jogo é ruim, você não tem controle total dela, apenas a distância e dependendo do trecho da fase, isso vai lhe atrapalhar bastante.
O jogo é curto, podendo ser terminado em uma tarde, se o tédio da jogatina não o matar primeiro.
Visuais decentes, se eu for otimista
Os gráficos do jogo são… Decentes, mas não vi nenhuma diferença ou melhora do jogo original de PC ou a versão de PS4, e de 2014 pra cá tivemos jogos independentes com gráficos mais bonitos, tanto no PC, quanto nos consoles.
Os cenários são coloridos, mas os inimigos não são inspirados e com o design de fases genérico, check-points confusos e jogabilidade cagada, não consegue se destacar em meio ao mar de coisas ruins que o jogo lhe oferece.
Dentre essas coisas, a trilha sonora quase inexistente não incomoda, mas também não ajuda animar pra qualquer coisa nessa pilha de estrume fumegante. Sim, estou sendo rígido, mas o jogo não me ajuda, não oferecendo muitas qualidades redentoras.
Veredito final: Precisa mesmo de um?
Fique longe de Woodle Tree Adventures. Ele não chega a ser ruim como Yasai Ninja e Kyurinaga’s Revenge, mas por outro lado, é tedioso e não dá nem pra fazer piadas direito.
Existem platformers em 3D mais competentes no mercado, então ao invés de comprar esse jogo, prefira poupar seu dinheiro e comprar algo como “A Hat in Time” ou mesmo “Yooka-Laylee”. Como esse jogo ganhou uma continuação, não sei, eu é que não vou comprar pra descobrir.
Woodle Tree Adventures está disponível para PC, Nintendo Switch, Playstation 4 e Xbox One.
A análise foi feita com base na versão de PS4, que eu tive o desprazer de comprar.