Valerie Porter and the Scarlet Scandal | Retro Análise do Sancini #1
14/05/2021Será que 2009 é um ano que em termos de videogame… Já dá pra considerar Retro? Porque por um lado, Assassin’s Creed 2 é da geração PS3, e foi lançado em 2009, assim como Persona 4, que saiu pra PS2 e é de 2009 também. Mas, não vamos nos ater a semânticas e fingir que só criei esta coluna pra falar de jogos velhos, e não porque ainda não recebi códigos de jogos recentes pra analisar.
Anyway, desde que joguei Dude, Where is my beer, fiquei um pouco mais receptivo a jogos point’n click tradicionais, e não somente Visual Novels, como eu já estava acostumado.
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Recentemente eu terminei a série Deponia (aguarde artigo em breve sobre os quatro jogos, só preciso da inspiração) e dentre os jogos da minha lista de desejos do Steam (obrigado, Chora_BR), recebi um singelo jogo casual chamado Valerie Porter and the Scarlet Scandal.
Jornalista e detetive ao seu dispor
Você é Valerie Porter, uma aspirante a jornalista nos anos 20 (1920 e não 2020, quem diria que chegamos ao ponto de usar isso), que começou a trabalhar no jornal de uma cidade, e deve obviamente escrever reportagens. Só que o que começa como um trabalho simples, evolui ao ponto de Valerie investigar um assassinato.
A trama do jogo é bastante simples a princípio, com algumas complicações e reviravoltas, mas conforme se passa o jogo, percebemos que algumas coisas não são o que aparentavam ser e precisamos ir a fundo para resolver os casos.
Jogue no seu ritmo, resolvendo ou não os puzzles
O jogo ele funciona com um misto de Objetos ocultos no cenário e resolução de quebra cabeças. Na área de encontrar os objetos, funciona de maneira bem simplista. Você tem uma lista de objetos a serem encontrados (relativos ou não ao momento do jogo) e precisa encontrá-los na tela.
O jogo dá uma colher de chá, porque é possível utilizar de várias ajudas para encontrar o que for necessário. E caso o jogador esteja com dificuldade, ele pode utilizar uma assistência, porém ela é limitada e possui um cooldown.
Esse cooldown da assistência pode ser eliminado, caso o jogador utilize das pilhas que podem ser encontradas no cenário. Essas pilhas só podem ser utilizadas até o fim do capítulo.
Em alguns momentos, Valerie adicionará determinados itens ao seu inventário. Esses itens particulares, são utilizados em conjunção com determinadas partes do cenário. Não é nada complexo como num point’n click tradicional, mas é utilizado as vezes.
Em determinados momentos, puzzles deverão ser resolvidos, e eles possuem uma variedade até que razoável, especialmente se tratando de um jogo de 12 reais.
Você tem puzzles simples, como quebra-cabeças, que são auto explicativos, momentos onde você deve usar sua lábia dando a resposta certa (basicamente seguindo uma linha de um ponto a outro) e puzzles que exigem que você preste atenção nos diálogos, para fazer palavras cruzadas, redigir as matérias e criar a manchete de suas matérias.
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Não é nada muito difícil, tampouco punitivo, e é possível pular os puzzles, sem punições ao jogador (o jogo não possui conqistas), o máximo que vai ser deduzido do jogador é um score.
Gráficos e sons, na média
Graficamente o jogo não é necessariamente um primor, não é feio. Ele é só meio termo. É difícil explicar, não chama a atenção, mas não é ruim. E a trilha sonora do jogo não é muito memorável.
A dublagem por outro lado, apesar da pouca quantidade de personagens, os papéis foram bem representados. A protagonista por exemplo, foi dublada pela Melissa Hutchinson, que posteriormente deu voz a Clementine na série da Telltale de The Walking Dead.
Uma distração rápida, talvez numa promo
Valerie Porter and the Scarlet Scandal agrada, apesar de não ser chamativo. Dá pra ser terminado em umas duas, três horas e fazer você fritar um pouco o cérebro.
Só não recomendo jogar o jogo em tela cheia, pois o jogo foi projetado pra 4:3 e fica centralizado em tela cheia. Tinha potencial para dar início a uma série, mas não ficou só nesse.
O jogo está disponível para PC, através do Steam.