GAME XP 2018 | Tudo o que rolou no evento

GAME XP 2018 | Tudo o que rolou no evento

12/10/2018 0 Por Tony Santos

Com um pouco de atraso venho dizer minhas impressões sobre o primeiro evento exclusivo de games que fui, a GameXP.

Sim, eu sei que é uma vergonha, mas não é sempre que tem eventos de grande porte no Rio de Janeiro, ainda mais voltado para video games.

A GameXP é derivada de uma área de mesmo nome que costuma existir nos Rock in Rio mais recentes, evento este que dispensa apresentações.

Dessa vez, foi utilizado o Parque Olímpico, área na Barra da Tijuca projetada para os Jogos Olímpicos de 2016. Das áreas ocupadas pelo evento, tivemos grande parte do pátio externo, a arena de basquete e o hipódromo (se não me engano). Os dois últimos cobertos e com ar condicionado.

Infelizmente, só pude ir em um dia (no sábado), então falarei das atrações que vi e a impressão geral minha sobre o evento.

Localização e Segurança


Primeiramente, pra quem não conhece o Rio, saiba que a Barra da Tijuca é o único local da cidade com espaço suficiente desse tamanho e que não fica inacessível pra todo mundo do município. Quero dizer, pra quem é da zona norte (como EU), fica longe até mesmo de carro, mas o transporte público da cidade é todo voltado pra te dar caminhos para chegar na Barra, de forma que em pouco mais de uma hora eu estava lá.

Como era de se esperar, a fila era grande, porém pra minha surpresa, em menos de 10 minutos todos foram colocados pra dentro. A revista na entrada era dividida por sexo, mas infelizmente não eram todos os seguranças que revistavam todo mundo.

Eu mesmo passei só com uma olhada do segurança e se eu ou qualquer um alinhamento quiséssemos fazer uma chacina, ficaria fácil demais. Dada a violência no mundo e no Rio de Janeiro, me pareceu falta de treinamento desse pessoal, talvez em um intuito de diminuir o tempo da fila.

Atrações


Após a entrada, você se depara com aquele “momento parque aquático” onde você não sabe exatamente o que fazer. De cara havia um pequeno circuito de kart com temática de Crash Bandicoot. Seria esse um possível preview do remake de Crash Team Racing?

Mais a frente havia um trailer azul da marca PlayStation, onde era possível testar alguns jogos. Infelizmente, todos os três jogos já haviam sido lançados no dia do evento, tornando a ideia pouco interessante, a menos que você não tivesse outra forma de jogá-los. Um dos brindes do trailer (aliás, esse era o único lugar onde era possível ganhar algo) era um óculos de sol azul com o símbolo do PlayStation.

No dia em que fui – terceiro dia de evento – o mesmo já havia esgotado. A solução que eles arranjaram foi dar pôsteres (lol), porém não sem antes preencher um questionário E postar algo no Instagram com a hashtag deles.

Fora isso, haviam alguns props enormes de Clash Royale, incluindo um pequeno jogo de acertar os alvos, mais voltado para os pequenos.

Na parte interna, tivemos a maior parte das atrações, com algumas palestras sem tema e horários definidos. Na verdade, todas as atrações de convidados foram pouco ou nada divulgadas. Alguns convidados como o Luciano Amaral e o Tiago Leifert estiveram presentes para pequenos talks, mas a maioria dos presentes descobriu tudo na hora do evento.

Os jogos


Em um evento de jogos, o que se espera? Isso mesmo, GAMES!

Realmente foi uma feira bem servida nesse quesito, com atrações como Forza, Mario Kart 8 Deluxe, Mortal Kombat X, PES2018, entre outros. Como era um evento focado no público geral, não houveram torneios (pelo menos não no dia que eu fui e para esses jogos citados). Era tudo um grande “fica uma hora nessa fila pra jogar uma partida”.

Confesso que não tenho muito saco pra fila e enfrentei poucas, uma para o MK8D – pra jogar no telão – e outra pequena para jogar a demo do remake de Spyro the Dragon. Todas as estações com console funcionaram perfeitamente e em momento algum tivemos falhas técnicas, seja de equipamento ou de energia elétrica, que são coisas comuns nesse tipo de evento.

Não haviam grandes estandes, o que pra mim deixou claro que a organização e os anunciantes trataram a GameXP como um parque de diversões, ao invés de uma feira pra divulgar seus produtos. A Xbox parecia, como sempre, a mais empenhada em trazer seus produtos. Incrivelmente, havia grande destaque para a Nintendo, mas totalmente focado em Mario Kart. Além do telão com o jogo, havia um estande menor com piso de lâmpadas coloridas, simulando a rainbow road, com um kart do Mario em tamanho real para exposição.

Além disso, os crachás eram tematizados com os personagens do jogo. Ao meu ver, me pareceu obviamente um licenciamento da marca, já que a Nintendo não mantém atualmente nenhuma operação em território nacional. Ainda assim, foi bonito ver material oficial dela por aqui.

Merchandising e alimentação


Acredito que esse tenha sido o ponto mais baixo do evento. Existia apenas uma lojinha vendendo produtos, mas tudo se limitou a camisetas de anime (?) trazidas pela loja MundoGeek.

A mesma loja vendia os clássicos hambúrgueres de microondas a preços absurdos, chegando a cobrar mais de 20 reais em um lanche vagabundo com Coca. Mais a frente tinhamos os já famigerados food trucks, também overpriced. Infelizmente essa é a realidade desses eventos e não pareceu muito diferente de tudo que já rola em situações similares onde não é possível sair pra comprar comida fora.

Também havia pouca cobertura pra fugir do sol escaldante. Houve um momento onde não era mais possível entrar nas áreas com ar condicionado devido a lotação, então o jeito foi se refrescar nas torneiras do banheiro.

Conclusão

Por tudo lido acima, acredito que consegui passar a ideia de que não fiquei satisfeito com o custo-benefício de ir à GameXP. Com o preço exorbitante de 140 reais por dia (eu paguei meia-entrada), esperava mais. Passei mais tempo em filas e os jogos não eram novidade.

Fica difícil recomendar o evento para país que desejam levar seus filhos, pois um dia inteiro lá foi bastante cansativos e sem o retorno de satisfação esperado.

Infelizmente o Rio de Janeiro passa por grandes problemas e isso afasta as empresas, mas se for pra fazer nessas condições onde o público é cobrado caro pra aproveitar bem pouco, é melhor guardar um dinheirinho a mais e ir para a BGS.